A briga por espaço político e a capacidade de ocupantes de secretarias municipais da capital de conseguirem atender aos anseios da população com maior facilidade do que os vereadores, levou a sessão da Câmara de Cuiabá a se tornar um muro de lamentações e de ácidas criticas quanto a possibilidade de ser respeitada a legislação eleitoral que permite a atuais secretários que não detém mandato eletivo de permanecerem até quatro meses antes das eleições no comando de suas pastas.
O presidente da Câmara da capital, Júlio Pinheiro (PTB), assegurou que vai cobrar sem trégua que o prefeito Chico Galindo (PTB) promova as alterações no secretariado para evitar que alguns "poucos espertos" permaneçam se utilizando das benesses do poder público em benefício de suas candidaturas. "Existe um compromisso que tem que ser cumprido", esbravejou o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá.
Mais irritado ainda o vereador Clovito Hugney (PTB) pontuou que muitos não admitem candidatura para permanecer a frente da gestão das secretarias municipais com o intuito de promover políticas de olho nos votos dos eleitores. "O prefeito tem que exigir daqueles que permanecerem a impossibilidade dos mesmos de disputarem as eleições de 2012", explicou Clovito Hugney.
Nenhum deles quis se manifestar o porquê do Poder Legislativo não tomar providências para conter a utilização política de cargos de secretários municipais como os próprios vereadores discursaram mas sem citar nomes. A Legislação impede que o detentor de cargo público utilize de suas funções em benefício próprio e para visar lucro, o mais conhecido crime de peculato, utilizar do poder público para auferir lucro ou vantagem de qualquer espécie.