O ex-prefeito de Santa Carmem (35 km de Sinop), Rudemar Cassola, declarou que a prestação de contas da compra de um ônibus com dinheiro de convênio firmado entre o município e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), na sua gestão, ficou para atual, chefiada pelo prefeito Alessandro Nicoli. Ele disse que o veículo foi recebido em dezembro de 2008, no final do mandato, mas que o prazo final para prestação ficou para a nova administração.
O Ministério Público Federal questionou a aquisição e acionou Nicoli pela não prestação das contas no prazo estipulado, que em nota, alegou a firmação do convênio na gestão de Rudimar, mencionando não ter sido apresentada até final do mandato. “Eu acho que o prefeito se equivocou de falar que não fiz a prestação de contas, porque na minha gestão foi comprado os ônibus e os recebi em dezembro. Como o [prazo] final para prestação de contas era fim de fevereiro, quem tinha que fazer é a atual administração. Agora, se ele atrasou a entrega da prestação de contas, o problema é dele, não da gestão passada. Porque na nossa gestão, todas as prestações de contas foram feitas”.
O ex-prefeito rebateu as declaração do atual gestor, sobre a “suspeita desorganização e até sumiço de documentos e de arquivos de computadores relativos ao convênio”, na nota divulgada. “Fizemos a transição da forma mais transparente. Demos sala para que eles [comissão da então nova gestão] ficassem 60 dias dentro da prefeitura para que fizessem todo o levantamento. Foi passado ponto a ponto, o que tinha, o que ia ficar para fazer prestação de contas. Agora, eu não sei por que depois de três anos, vem dizer que sumiu documentos. Porque esses documentos então não foram pedidos no começo da gestão?”, acrescentou.
O ex-prefeito declarou que “desde então, quando entreguei meu mandato para o prefeito Alessandro, conversamos e me coloquei à disposição dele para tudo que precisasse. Se faltasse algo, que estávamos à disposição para dar as explicações e as respostas”. Anunciou que deve procurar os meios jurídicos e reafirmou que a atual administração sabia da prestação de contas ao FNDE.