Empresas de Cuiabá que pretendem disputar a concessão dos serviços de saneamento deverão formar um consórcio para ganhar vantagem em relação às concorrentes de outros estados. Pelo menos 11 grandes marcas já articulam a união nos bastidores.
O consórcio tem objetivo de reunir mais recursos, já que vencerá a maior proposta para obter a concessão. O município espera arrecadar pelo menos R$ 516 milhões com a outorga dos serviços pelo prazo de 30 anos, sendo que R$ 140 milhões deverão ser pagos de imediato. O dinheiro será aplicado em obras de infraestrutura e pavimentação asfáltica.
Se confirmado o consórcio que vem sendo articulado pelas empresas, isso não será a primeira vez que ocorre em Mato Grosso. O mesmo foi feito em 2008, quando empresas da capital e de outros estados firmaram sociedades temporárias para disputar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Mesmo diante da possibilidade de formar consórcios, pelo menos 11 empresas têm comprado e retirado individualmente os editais para concessão dos serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto. Uma das que buscaram informações sobre o processo licitatório é a metalúrgica Bimetal LTDA, do empresário e pré-candidato a prefeito Mauro Mendes (PSB), mas ele nega interesse na disputa.
Com o dinheiro da concessão, o município também pretende quitar as dívidas da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), responsável pelo fornecimento de água e tratamento de esgoto. A empresa deve R$ 220 milhões, sendo R$ 102 milhões somente à Cemat.
Empresas públicas de saneamento também sinalizam em retirar cópias do edital para participar do processo licitatório, como a Sabesp, de São de Paulo, e a Copasa, de Minas Gerais. A concessão vem gerando polêmica desde o mês de julho, quando a Câmara Municipal aprovou autorização.