O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), criou hoje (16) um grupo de trabalho para definir, em até duas semanas, os espaços que o novo partido – PSD – terá na Câmara. Em reunião dos líderes partidários, Maia colocou em discussão os espaços que o novo partido deverá ter na Casa. "A existência do PSD tem impacto em praticamente todas as bancadas da Câmara, e há decisões que precisam ser tomadas rapidamente como a formação das comissões especiais", disse.
Marco Maia declarou ser preciso, com a presença do PSD, acertar a proporcionalidade dos partidos na Câmara. Segundo ele, estão sendo feito todos os esforços para encontrar uma solução política para acomodar o novo partido. "Se não resolvermos na política, essa questão irá ao Judiciário e, assim, estaremos transferindo ao Judiciário uma questão do âmbito do Legislativo". De acordo com Maia, o grupo de trabalho será coordenado pelos líderes do PSDB, Duarte Nogueira (SP), e do PT, Paulo Teixeira (SP).
Os dois líderes, segundo o presidente da Câmara, irão se reunir com os partidos que mais perderam parlamentares para tentar chegar a um entendimento que seja o mais adequado para todos. "O grupo de trabalho deverá definir se serão criados novos cargos, se serão realocados os cargos existentes nos partidos e como serão compostas as comissões especiais que aguardam formação".
Em relação à falta de acordo dos líderes partidários para votações nos próximos dias, Marco Maia disse que há um grande acordo entre a oposição e o governo de não votar nada. "De um lado, o governo não quer votar para não trancar a pauta do Senado com medidas provisórias e a oposição, do outro, que parece que não quer votar nada nesse período".
Maia acredita que os aliados do governo vão conseguir manter o quórum nas sessões de quinta-feira (17), sexta-feira (18) e segunda-feira (21) para votar na terça-feira (22), em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que prorroga os efeitos da Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 31 de dezembro de 2015.