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Governador admite falhas na compra de equipamentos russos

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O governador Silval Barbosa (PMDB) admitiu que o cancelamento do contrato realizado pela extinta Agecopa, sob responsabilidade de Eder Moraes, com o governo da Rússia para aquisição de 10 veículos Land Rover Defender com radares, ao custo de R$ 14 milhões, ocorreu em razão da verificação de "supostas irregularidades", alvo do Ministério Público Estadual (MPE) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A análise ocorreu durante sua participação na abertura do XIV Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas, que está sendo realizado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. "Todas as obras têm que ter o maior cuidado e projetos adequados para garanti-las. O TCE está preocupado e acompanhando e isso ajuda o governo a corrigir se tiver falhas. Por exemplo, como ocorreu com os Land Rover", respondeu ao ser questionado sobre a decisão de anular os procedimentos.

Silval tem demonstrado preocupação com o caso e exige da equipe de primeiro escalão medidas para assegurar um quadro transparente de ações. Mas o episódio ainda não foi bem digerido pelo Estado, que em algumas situações apresenta descompasso com as informações. Em princípio, a opção de anular o contrato teria surgido em razão de a empresa escolhida para repasse dos produtos, a Global Tech, não ter entregue documentos solicitados pela Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa).

Do início ao fim o contrato realizado entre o Estado, via Agecopa, para compra dos equipamentos é recheado de dúvidas, começando pela definição da Global Tech, que nem sequer possui estrutura funcional na Capital, sendo representada por um advogado. A empresa é um dos principais focos de investigação dos órgãos públicos. Se efetivada de fato a anulação completa do contrato, no Tribunal de Contas do Estado (TCE) o processo perderá o objeto, ou seja, deverá ser arquivado como prevê o presidente da Corte de Contas, conselheiro Valter Albano.

Mas o tema ainda renderá alguns capítulos a mais. Foi adiada para quarta-feira a reunião entre o ex-diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, com o promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior. Ele havia sido notificado a prestar esclarecimentos antes da decisão do governo. Mas faz questão de comparecer no MP para apresentar documentos que comprovariam isenção da parte dele no âmbito da negociação dos Land Rover e radares.

O governo do Estado deixa clara a posição de defesa para investimentos no setor da segurança pública e deve rever o quadro. Recentemente Eder Moraes comunicou à imprensa que a aquisição de produtos para a região de fronteira deverá ser gerida pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, sob comando de Diógenes Curado. O governador disse ontem que a decisão de suspensão do projeto relativo ao Teleférico em Chapada dos Guimarães "é outro caso" onde foi constatada a falta de projeto básico.

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