Ex-deputado federal e presidente estadual do PT em Mato Grosso Ságuas Moraes deverá ser nomeado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) para comandar a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), na próxima semana. A validação da indicação dele para substituir a professora Rosa Neide Sandes, ocorre no sábado (24), em encontro de membros da legenda, na capital. Também deverá ser confirmado o nome do ex-Superintendente do Incra no Estado, Willian Sampaio, para assumir a presidência do partido. Ságuas deixa o posto para se dedicar ao desenvolvimento das políticas públicas dirigidas à área.
A posição do partido sobre o comando da pasta será repassada para Silval no início da semana, cabendo ao governador apenas validar a escolha petista já que a gestão da Seduc está na cota do partido. Por enquanto, Ságuas evita comentar os planos políticos mas descarta participação na disputa por cargo eletivo no pleito municipal de 2012.
Rosa Neide pode continuar na pasta como secretária adjunta ou então assessoria especial, com ênfase na grade de projetos macro que ou estão em fase de desenvolvimento, ou poderão ser aprimorados com instituição de novas propostas.
Ele não deverá enfrentar dificuldades para lidar com o setor, em termos de conhecimento, porque coordenou a Seduc na gestão do então governador Blairo Maggi (PR). Mas assume o desafio de melhorar os índices pouco alentadores da qualidade da educação em Mato Grosso, uma das piores do país tendo como base o resultado do Exame nacional do Ensino Médio (Enem/2010) que revelou um quadro desolador, com apenas 1 escola pública na lista das 10 primeiras colocadas do Estado.
Na reunião do partido, entra em pauta outros temas como planejamento rumo as eleições municipais e ainda discussão sobre debates ocorridos em conferência nacional da sigla. A legenda tenta recuperar tempo perdido nas eleições de 2012, com derrota dos principais líderes, o ex-deputado federal Carlos Abicalil e a ex-senadora Serys Marli, que concorreram a vagas no Senado e na Câmara Federal, respectivamente. O racha no partido provocado pela batalha soou como elemento desagregador no período. Ságuas entende que o partido deve marchar junto, deixando de lado pequenas discordâncias em razão de um projeto político maior, voltado também ao Palácio Paiaguás.
(Atualizada às 09:48h)