Após reunião de mais de quatro horas com o governador Silval Barbosa (PMDB), o diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, saiu criticando seu atual desafeto e atual presidente da autarquia responsável pelas obras da Copa em Mato Grosso, Éder de Moraes. De acordo com ele, suas opiniões durante a audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa, no início deste mês, sobre a escolha do modal de transporte para Cuiabá foram feitas como cidadão e não como diretor da Agecopa.
Ao MidiaNews, Brito disse que Moraes agiu de forma antidemocrática no evento. “Diante da forma antidemocrática e totalitária que o diretor presidente conduz a Agecopa, somos impedidos de nos pronunciar. Dentro da Casa do Povo, que é a Assembleia Legislativa, me apresentei como cidadão porque ali está a origem do poder. Qual o crime de me apresentar como cidadão. Por acaso, o senhor Eder Moraes e os demais deputados estão acima de qualquer cidadão?”.
Brito defendeu durante a audiência que o investimento no Veículo leve sobre Trilhos (VLT) era um investimento caro e que o sistema de transporte de ônibus, o Bus Rapid Tansit (BRT) era mais apropriado. Até pouco tempo, este era o modal de transporte escolhido e trabalhado pela Agecopa, antes da mudança para o VLT. Segundo ele, seu descontentamento foi exposto durante a reunião, devido as normas de Moraes em não repassar as informações sobre o VLT para os demais diretores da autarquia.
O diretor afirmou ainda que não pretende deixar a Agecopa. No entanto, esta é uma decisão que cabe somente ao governador. A relação profissional não pode dar lugar a questões pessoais. O projeto Copa do Mundo é muito maior que Eder Moraes e Carlos Brito. É óbvio que, a partir de agora, é necessária uma mudança de atitude, ou seja, cumprir a legislação e o regimento interno. Não se pode aceitar que investimentos desta envergadura sejam decididos por uma única pessoa, sem prestar esclarecimento à sociedade e só levar a conta ao povo para pagar”, disse ao site.
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