O presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da câmara sorrisense, Paulo da Farmácia (PMDB), pediu, ontem à noite, na tribuna, que os vereadores da oposição façam rodízio de licenças para que os suplentes João Matos (PDT) e Marilda Savi (PSB), relator e membro da comissão, respectivamente, possam ficar algumas semanas a mais na câmara. Inicialmente, João Matos fica até dia 15 e, até lá, não deve concluir o relatório sobre o caso dos 3 vereadores presos, acusados de pedirem propina em troca de apoio, no legislativo, ao prefeito. Com a troca de relator, a conclusão do relatório deve demorar e ficar sem data para ser apresentada porque seria necessário escolher outro relator.
“Nós, membros da comissão, já ouvimos todas as gravações, lemos e relemos todo o processo, ouvimos os acusados e testemunhas. Se estes vereadores terão que deixar a comissão o trabalho ficará comprometido. Então peço para que iniciamos uma articulação para que eles continuem assumindo o cargo”, disse ele (foto). Para Paulo, o fato do vereador Gerson Francio -Jaburu- ainda não ter prestado depoimento, apresentando atestados de saúde, tem atrapalhado os trabalhos da comissão. “Nosso prazo está se esgotando e, com o atestado, nós precisaremos de mais tempo para concluir o relatório e também peço a mesa diretora que prolongue o tempo dos vereadores suplentes”, declarou Paulo.
O presidente da Câmara de Sorriso, Luis Fábio Marchioro (PDT), disse ao Só Notícias admite ser possível um rodízio entre alguns vereadores titulares para que os suplents fique, até porque quem assumiria no lugar de Marilda Savi é a vereadora Professora Marisa (PSB) que também foi ouvida pela comissão como testemunha, e por isto, não poderia participar dos trabalhos, sendo relatora, por exemplo. “Nós vamos articular para ver se conseguimos manter os suplentes para que concluam com imparcialidade a investigação”, finalizou.
Conforme o Só Notícias já informou, a comissão que investiga um suposto esquema de cobrança de propina dos vereadores Chagas Abrantes (PR), Gerson Frâncio, o “Jaburu” (PSB), e Roseane Marques (PR), em troca de apoio político ao prefeito na câmara. Chagas e Roseane já depuseram e negaram as acusações.
O relatório da Comissão de Ética pode pedir absolvição dos 3 ou pedido de punição que vai até a cassação dos mandatos. A decisão final cabe ao plenário da câmara.