O votação na comissão da câmara municipal que poderá cassar os mandatos do prefeito afastado de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (foto), do vice afastado, José Jaconias da Silval (PT), e de quatro vereadores também afastados (Celso Ferreira, Haroldo Lima, Paulinho Porfírio e Genilson Kezomae) deverá ocorrer apenas na próxima semana, quando encerrar a leitura do processo que tem cerca de 15 mil páginas, entre investigação inicial do Ministério Público, Comissão de Inquérito e relatório final. A informação foi confirmada ao Só Notícias pelo assessor de imprensa da câmara, Lauro Vaccari.
Por decisão de todos, a sessão iniciou esta manhã e irá prosseguir por vários dias, com interrupção apenas para almoço e jantar, com 45 minutos de pausa para cada. A decisão foi tomada pelos vereadores. Ao todo, 13 parlametares estão acompanhando o caso, sendo que três são suplentes, pois os que tem candidato do mesmo partido sendo julgado não poderá votar.
Os vereadores e advogados de defesa e acusação não poder sair da câmara e o mínimo de dois terço de coro deverá ser mantido no plenário. Os parlamentares poderão se revezar para dormir.
No final os vereadores serão julgados em oito itens. Já o prefeito será analisado em doze itens e o vice em nove, sendo que se forem condenados em apenas um serão cassados.
Conforme Só Notícias já informou, o grupo é acusado de se beneficiar de irregularidades e desvios de recursos destinados para a saúde, através da contratação do instituto Idheas, aprovado pela câmara tangaraense. Os vereadores são acusados de quebra de decoro parlamentar ao votarem o projeto que autorizou a contratação da Oscip pelo município para gerir a questão da saúde local. Devido a este fato, além da possibilidade de perder o mandato, os vereadores também podem ser condenados por atos de improbidade administrativa, no qual já respondem devido a uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público.