A saída do coronel Alexander Maia do comando da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) agita os bastidores da política mato-grossense sobre seu substituto. Cargo de indicação do PR, a legenda deverá sugerir o novo nome que comandará a pasta. O mais cotado para o cargo é do atual secretário adjunto de Mudanças Climáticas, Vicente Falcão. O nome dele agradaria tanto a cúpula do partido como também do setor do agronegócio, no qual também é ligado.
Todavia, o governador Silval Barbosa (PMDB) irá anunciar oficialmente o nome do novo secretário somente quando retornar de Brasília, o que deve acontecer amanhã. Conforme Só Notícias já informou, Maia teve uma conversa com Silval, no domingo à noite, e colocou seu cargo à disposição. “Maia compreendeu esta questão do momento político, com pedidos de troca de secretariado (feitos por deputados da base aliada). Possivelmente, ele vai ser escalado para outras funções do governo. Ele tem o reconhecimento e respaldo do governador pelo trabalho que exerceu”, afirmou, ao Só Notícias, o secretário de Comunicação, Osmar Carvalho.
A greve na secretaria, as supostas irregularidades nas concessões de autorizações para construir PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), que motivaram criação de CPI na Assembleia Legislativa, somada a lentidão em conceder autorizações para setor madeireiro e agrícola desempenharem suas atividades, foram fatores que geraram muitas críticas a gestão do secretário.
Maia concedeu entrevista coletiva e disse que tem tido “muita pressão” nos últimos meses diante da insatisfação de servidores e não confirmou vai atender pedido da CPI na Assembleia para prestar esclarecimentos sobre o caso das PCHs. Também afirmou que “recebeu pressões políticas e empresariais para violar normas ambientais”, embora não mencionou nomes. “Se parece haver algum tipo de empecilho da forma com que conduzimos a secretaria, se deram margem algum tipo de problema político para o governador, esta minha postura de companheiro me levava colocar o cargo a disposição. Desta forma, em reunião conjunta, entendemos que a mudança seria necessária e salutar”, neste momento.
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