O deputado federal Nilson Leitão questionou, esta tarde, o ministro dos Transportes, Paulo Passos, durante depoimento na Comissão de Viação e Transportes-Fiscalização Financeira na Câmara, sobre as providências que estão sendo tomadas para apurar as denúncias de corrupção no ministério, que causaram a queda do antecessor, Alfredo Nascimento, dos ex-presidentes do DNIT Luiz Pagot e da Valec José Neves (Juquinha). Leitão citou o acórdão do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre irregularidades e cobrou como o governo vai proceder para ser reparados prejuízos com valores pagos a mais em determinadas obras.
Passos evitou detalhar se estão sendo tomadas providências. Disse que vem diminuindo ano a ano o número de obras com irregularidades graves, sujeitas a paralisação, apontadas por fiscalização do tribunal. Citou que em 2008, foram apontadas 34 obras irregulares, e o Congresso Nacional entendeu que 21 delas deveriam estar sujeitas a paralisação. Para o exercício de 2011, o número de obras sujeitas a paralisação caiu a 0, segundo avaliação do Congresso.
“Ele foi secretário-executivo ocupando função que centraliza muitas decisões e é muito difícil não ter tido conhecimento dos escândalos”, criticou o deputado tucano.
O ministro citou que, desde as denúncias, foram 24 pessoas deixaram o ministério e departamentos . “Ele não soube responder quantos foram exonerados e a quantidade que pediu demissão”, disse Nilson.
Os deputados de oposição defendem criação de um CPMI ( comissão mista, com senadores) para apurar as denúncias de corrupção.
Foto: Agência Câmara