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Riva cobra ação enérgica de Silval para destravar setor madeireiro

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O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP), cobrou ação enérgica do governador Silval Barbosa (PMDB) em resposta à intervenção da Polícia Federal, Exército, Força Nacional e Ibama no município de Aripuanã, região do Extremo Noroeste de Mato Grosso. Instalados há 90 dias na cidade, a operação provoca intranquilidade à população que não sabe ao certo o objetivo da operação e o comércio local já começa a sentir os reflexos negativos na economia.

Para Riva, o governador precisa comandar o estado como um todo e permitir que intervenções como essa sejam realizadas somente mediante a autorização do Estado. Criticou a morosidade dos órgãos competentes na liberação de licenças ambientais e lembrou o desespero de muitos trabalhadores que já perderam seus empregos pela falta de condições de trabalho do setor madeireiro, que resultou no abandono da atividade por muitos empresários. “É válida essa audiência, principalmente, se cada um fizer a sua parte. E os madeireiros já fizeram a deles, pois acreditaram na região e investiram. Querem trabalhar corretamente e merecem respeito”, disse Riva, durante a audiência pública requerida pela deputada Luciane Bezerra, realizada na noite desta segunda-feira (15), no Centro de Apoio ao Turismo de Aripuanã.

O parlamentar também criticou o Congresso Nacional, que muitas vezes, vota matérias sem que os deputados ou senadores saibam o teor da proposta. Destacou a legislação ambiental como muito complexa e citou algumas normas. Riva ainda culpou o Ibama como o maior responsável pelo desmatamento no Brasil, já que antes, a liberação de licenças demorava até cinco anos para ser efetivada, incentivando, inclusive, a venda de notas.

Contudo, Riva explicou que Mato Grosso não atinge a perfeição porque é um estado que cresce anualmente em média 10%, mas os investimentos não acompanham essa demanda. Tanto que reconheceu as melhorias na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), “mas ainda não é o que precisamos”, afirmou, ao ressaltar o trabalho do secretário Alexander Maia. Na oportunidade, sugeriu que uma cópia das imagens da audiência, feita pela TV Assembleia, seja encaminhada ao governador Silval Barbosa.

Requerente da audiência, a deputada Luciane Bezerra explicou a importância do evento, diante das dificuldades que o setor madeireiro enfrenta há anos. Destacou a morosidade e burocratização da Sema e pediu equiparação da pauta com estados vizinhos como Rondônia, defendendo que a Assembleia Legislativa tenha um representante no Conselho Nacional de Meio Ambiente.

Para o prefeito de Aripuanã, Carlos Roberto Torremocha (DEM), a Sema está tomando novos rumos. “Vamos acreditar”, disse, ao se referir à reunião que aconteceu antes da audiência quando tiveram a garantia das melhorias nos serviços. O município depende 80% dos serviços da Sema para produzir, colocando em risco o emprego e a renda de muitas famílias.

“Vivemos a cada dia arrastando e pedindo pelo amor de Deus nos deixem trabalhar. Chega do setor ser visto como bandido”. Além da logística, mão-de-obra e combustível caros, os madeireiros de Aripuanã reclamam da falta de programas de linha de crédito e incentivos fiscais. Presidente do Centro das Indústrias, Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) e presidente do Sindicato das Indústrias Madeireira do Noroeste de Mato Grosso (Simno), Geraldo Bento, afirmou que, por conta da greve os madeireiros, perderam a safra, fazendo com que o estado deixasse de arrecadar R$ 160 milhões. “Falo em prejuízo no Estado, que refletiu diretamente nas empresas”, lamentou, ao cobrar agilidade também na liberação de Licença Ambiental Única – LAU e do manejo sustentável.

Além de prefeitos e madeireiros, os deputados Airton Português e Dilmar Dal Bosco também participaram do evento e pediram valorização e respeito ao setor. O evento foi realizado no Centro de Apoio ao Turismo, em Aripuanã.

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