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Vereadores de Nova Mutum participam de seminário sobre endividamento

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O presidente da Câmara Municipal de Nova Mutum, vereador Luiz Carlos Gonçalves acompanhado do 1º secretário, vereador Zulmiro Bonafé participaram, ontem, do seminário sobre endividamento agropecuário na Assembleia Legislativa. Além de presidente da Câmara, Luiz Carlos também é vice-presidente do Sindicato Rural e sempre defendeu a classe produtora da região. "É necessário que seja reformulada a politica agrícola do nosso país. O produtor não pode ser tachado como caloteiro e criminoso, temos que reverter essa situação", afirmou Luiz Carlos.

Zulmiro Bonafé, defensor da agricultura familiar, acredita que o mais prejudicado com as dividas são os pequenos agricultores. "Ninguém quer ficar devendo, porém nem todos conseguem honrar seus compromissos com altos juros", disse.

Hoje, o endividamento do setor agrícola brasileiro é da ordem de R$ 114 bilhões. A afirmação foi feita pelo relator da subcomissão do endividamento agrícola na Câmara dos Deputados, Nelson Padovani (PSC/PR). A subcomissão deve realizar cerca de 18 audiências públicas – nos principais estados produtores de grãos- para debater o endividamento agrícola. A próxima discussão acontecerá no dia 1º de setembro, no Rio Grande do Sul. No final desses encontros será produzido um relatório que será encaminhado à presidente Dilma Roussef (PT). O presidente da subcomissão, o deputado Marcon (PT-RS), destacou como de fundamental importância o envolvimento dos setores ligados à agropecuária mato-grossense e de todo o país. "Hoje, são poucos os agricultores que ficam na terra. A intempérie e a escassez de insumos, por exemplo, são fatores que dificultam a produção e manutenção dos produtores no campo", destacou.

Já o deputado federal Neri Geller (PP/MT) – autor do requerimento da audiência pública – por causa do endividamento, o que antes era de 22 mil propriedades rurais nas mãos dos estrangeiros, hoje chega a mais de 400 mil propriedades em todo o país. "Os grandes produtores estão se fortalecendo e engolindo os pequenos. Com isso, prejudicando o desenvolvimento socioeconômico de muitos municípios brasileiros", observou Geller.

 

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