O senador Blairo Maggi (PR) voltou a criticar, esta noite, a presidente Dilma Rousseff pelo critério que adotou ao afastar lideranças do PR acusadas de corrupção e que não tem sido aplicado para petistas e peemedebistas. Ele considerou que Dilma foi muito rígida com a turma do PR que saiu do governo e bondosa com indicados peemedebistas e petistas que também estão sendo alvo de denúncias. “Tem que ser pra tudo mundo igual. Não é porque o PMDB é o maior partido ou o PT é o partido do governo e se acontecer alguma coisa nesses partidos nenhuma providência será tomada”, criticou Blairo, em entrevista para a Globo.
Blairo continua na bronca com Dilma pela “degola” de Luiz Pagot, que foi seu indicado, da diretoria geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura. Pagot foi acusado, em reportagem da revista Veja, juntamente com o ex-presidente da Valec e assessores do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento de supostos esquemas de corrupção com empreiteiras que venciam licitações para obras do governo federal. Pagot foi o único a ir ao Senado e Câmara dos Deputados se defender e negar, com veemência, todas as denúncias. Mas não adiantou. Pediu para sair para evitar a demissão.
Blairo foi convidado por Dilma para ser ministro no lugar de Nascimento mas não aceitou alegando que seu grupo empresarial tem financiamentos com recursos públicos.