Servidores das 4 categorias em greve no Estado pediram, durante manifestação realizada, ontem, em Cuiabá, na Praça Santos Dumont, a demissão dos secretários de Meio Ambiente, Alexander Maia, e de Segurança Pública, Diógenes Curado. Cerca de 400 trabalhadores, entre funcionários da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), investigadores e escrivães da Polícia Civil e funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) entregaram panfletos para a população explicando os motivos da paralisação.
Eles também percorreram as principais e, com palavras de ordem, cobraram do governo a retomada das negociações e a isonomia na negociação com as carreiras. “Queremos entender por qual motivo somos tratados de forma diferenciada”, questionou o diretor do Sindicato dos Profissionais de Trânsito no Estado (Sinetran-MT), Leandro Brito.
Os servidores do Detran cobram recomposição de 90% nos salários. Em contrapartida, o Executivo estadual ofereceu 4,86% para este ano e 30% diluído em 3 parcelas anuais. Por conta disso, após retomada do movimento paredista, o órgão conta apenas com 30% do efetivo nas unidades, realizando apenas os serviços de licenciamento e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Porta-voz do movimento grevista na Sema, Murilo Covezzi cobrou dos deputados estaduais ações no sentido de intermediar a retomada das negociações. “Desta vez vamos “pro pau” e não vamos retroceder enquanto não tivermos o entendimento sobre nossa valorização”. A categoria cobra a incorporação da Verba Indenizatória Ambiental (VIA) aos salários e 34% divididos em 3 parcelas anuais de 11,33%.
No caso da VIA, paga como adicional aos servidores, 20% do valor é repassado para uma associação de amparo, que reverte este valor em diárias aos servidores. Porém, trabalhadores em férias, afastados por motivos de doença ou aposentados não recebem o valor, que corresponde a quase 40% dos vencimentos finais. Como parte da reivindicação, mais de 120 grevistas já solicitaram a desfiliação da associação e não mais pagarão o percentual.
Outra categoria a manter 30% do efetivo em serviço, os escrivães e investigadores da Polícia Civil seguem paralisados. Presidente do sindicato da categoria (Siagespoc), Cledison Gonçalves negou qualquer possibilidade de nova suspensão no movimento.
Outro lado
Por meio da assessoria, a Secretaria de Administração de Mato Grosso informou que não negocia com categorias em greve. Além disso, já solicitou à Procuradoria Geral do Estado o corte no ponto de escrivães e investigadores.
Nos próximos dias, a pasta também solicitará o desconto nos pagamentos dos servidores da Sema.
As assessorias da Sema e da Secretaria de Segurança Pública também foram procuradas e informaram que as secretarias não irão se pronunciar neste momento.
(Atualizada às 08:24h)