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Pagot confirma ida ao Senado e oposição cobrará nomes de envolvidos

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O diretor-geral afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, confirmou a ida amanhã ao Senado. Às 9h, ele participará de uma audiência conjunta das comissões de Infraestrutura e a de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle para falar das denúncias de um suposto esquema de superfaturamento em licitações de obras, inclusive do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e cobrança de propina no Dnit. Pagot deixará oficialmente o cargo quando retornar das férias. O afastamento foi determinado pela presidenta Dilma Rousseff.

A oposição trabalha no sentido de cobrar do secretário do Dnit nomes e responsabilidades nos processos de licitações apontados como irregulares em reportagem publicada pela revista Veja. “Fica difícil de imaginar que o Pagot assuma sozinho a responsabilidade por esse esquema”, afirmou o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).

O parlamentar tucano acrescentou que Luiz Antonio Pagot tem que apontar as pessoas que pediram para que fosse incluído sobrepreço nas obras supostamente superfaturadas, bem como “quem ficou com os recursos e quem se beneficiou das operações”. “Ele pode ser o Roberto Jefferson da hora”, acrescentou Álvaro Dias.

Roberto Jefferson foi o responsável pelo desencadeamento das investigações do mensalão, esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada que resultou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já o senador Clésio Andrade (PR-MG) disse que o “estado emocional” do secretário-geral do Dnit será o norte do depoimento. “Minha torcida é para que ele seja equilibrado”.

O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) espera que Pagot aponte a forma como o órgão vinculado ao Ministério dos Transportes atua e faça uma exposição técnica sobre as denúncias de corrupção. “Ele tem condições de mostrar o trabalho feito pelo Dnit e rebater as acusações”, destacou Jucá.

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Pagot utilizava hotel de Brasília para receber propina, aponta Veja

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