O senador Mário Couto (PSDB-PA) defende que o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, não retorne ao cargo e responda cível e criminalmente diante das denúncias de cobrança de "mensalão" no Ministério dos Transportes. Alega ainda que o afastamento determinado pela presidente Dilma Rousseff (PT) ocorreu tardiamente diante dos indícios de corrupção no setor.
Mário Couto tem sido o principal opositor de Pagot no Congresso Nacional. Chegou a apresentar 2 pedidos de investigação do Dnit através de comissões parlamentares de inquérito (CPI), mas os requerimentos foram arquivados pela base governista. Alega que os parlamentares responsáveis pela articulação prejudicaram o esclarecimento dos fatos anteriormente.
"Esse afastamento é uma decisão tardia. O próprio Senado poderia ter colaborado com isso antes (…) Há uma bagunça generalizada nesse governo e não é o final. Só espero que isso acabe sem que nenhum responda por processo de improbidade ou criminal", afirmou Mário Couto. Há 4 anos, o parlamentar tucano acusou Pagot de receber aproximadamente R$ 500 mil do Senado como funcionário fantasma. "A nação perdeu muito porque a corrupção continuou. As estradas perderam. Ele (Pagot) e sua turma devem estar milionários (…) Por isso, fico feliz por um lado por ele ter saído, mas triste porque foi tarde".
Apoio – Diante do escândalo, o deputado federal Neri Geller (PP) demonstrou preocupação com a possibilidade de obras importantes para Mato Grosso sofrerem atraso. Ele também saiu em defesa de Pagot. "Nosso Estado deve muito a ele".