sexta-feira, 20/setembro/2024
PUBLICIDADE

Produtores apresentam estudo a senadores para respaldar código

PUBLICIDADE

Estudos apresentados pelo setor produtivo de Mato Grosso à bancada mato-grossense no Senado poderão assegurar apoio dos parlamentares para apelo do Estado sobre manutenção do texto respaldado pela Câmara Federal que inclui a emenda 164, que trata de áreas produtivas em Áreas de Preservação Permanente (APP"s) no novo Código Florestal. Em reunião com os senadores, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Prado, destacou os prejuízos decorrentes de eventual alteração na matéria para os pequenos produtores, que representam mais de 50% do setor em Mato Grosso, com áreas de 50 a 400 hectares ou até 4 módulos.

Outra informação que despertou a atenção dos parlamentares é de que cerca de 87% dos produtores trabalham em áreas abaixo de 1.500 hectares. Rui ressaltou no encontro a necessidade de análise criteriosa dos senadores sob pena de atingir o segmento produtivo com menor poder aquisitivo. Também fez defesa do tema sobre outro item polêmico, relativo à "anistia" para aqueles que desmataram. O balanço do cenário mostra que com o texto em vigência, o pagamento pela preservação ambiental dentro dos moldes exigidos pelo governo federal custaria cerca de R$ 8 bilhões para o bolso do pequeno produtor.

Com as mudanças esperadas na matéria, a cifra seria reduzida para aproximadamente R$ 2,5 bilhões, montante expressivo para os padrões econômicos da maioria da classe produtora do Estado. O presidente da Famato destaca que "não existe anistia", levando em consideração o fato de que todos são obrigados a se adequar às normas.

Decreto instituído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevendo anistia para quem desmatou até 2008, termina no próximo dia 11 e gera preocupação sobre as novas normas para alinhamento com a política em debate sobre o novo Código Florestal. A classe tem exposto um quadro de intenção de cumprir as regras, mas pede apoio do governo federal e de parlamentares no Congresso Nacional para conseguir implementar alterações nos procedimentos.

O senador Blairo Maggi (PR), um dos maiores produtores de soja individual do mundo, analisa o tema fazendo contrapontos. Entende que o item que trata das "APP"s" precisa ser debatido amplamente, destacando que o modelo defendido pelo governo federal também precisa ser avaliado. O senador Jaime Campos (DEM) disse que apoia o setor e que já solicitou análise profunda dos dados expostos pelo setor, na reunião de ontem, para se manifestar sobre a questão. Ele acrescentou ainda sugestão de que seja formada comissão consensual no Congresso para debater a matéria. O parlamentar frisou ainda a importância de os estados conseguirem imprimir sua "marca" sobre a legislação relativa ao Código Florestal.

Na próxima semana produtores voltam a solicitar empenho da bancada para aprovação da matéria. Jaime disse que buscará via para encontrar caminho para atender os pleitos da classe.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE