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Dilmar diz que operação do Ibama é retaliação à aprovação do Código Florestal

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O deputado estadual Dilmar Dal”Bosco (DEM) acompanhou hoje, em Sinop, o início da campanha “desmatamento ilegal zero”, lançada pela Ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira. A meta, é que até o mês de julho a derrubada ilícita seja zerada em Mato Grosso.

Representante da região norte no Parlamento, Dal”Bosco posicionou-se contrário a devastação ilegal da floresta afirmando que essas ações podem resultar em punições e boicotes a agricultura mato-grossense, mas lembrou que os dados apresentados pelo Ibama para justificar a operação são irreais.

“Provamos à ministra que, de 2004 a 2010 tivemos uma redução de 93% na devastação ilegal, graças à ação intensiva do governo. Esses números apresentados estão equivocados. Segundo a própria ministra afirmou, a redução foi tanta, que qualquer acréscimo na devastação pode impactar de forma negativa”, questionou Dilmar.

O democrata criticou a ação ostensiva da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e do Ibama na região, afirmando que a presença do policiamento causa insegurança a população e gera desaquecimento do comércio.

“Mato Grosso enfrenta tantos problemas com o tráfico de drogas e com a prostituição infantil para os quais o governo federal fecha os olhos, e agora, baseado em dados irreais, destaca centenas de homens para fiscalização de 6 municípios. Questionei com a ministra se isso não era retaliação a aprovação no novo Código Florestal”, indagou Dilmar.

O democrata isentou a classe produtiva de qualquer responsabilidade pela devastação ilegal, afirmando que o Zoneamento Socioeconômico Ecológico e o novo Código Florestal darão segurança jurídica a categoria, cujo único problema é quanto a consolidação de áreas já abertas.

A medida, segundo a ministra Izabela Teixeira, pretende conter a disparada na devastação do estado registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre abril e maio. A partir de agora, ainda segundo Teixeira, o governo federal vai aumentar a fiscalização contra crimes ambientais. Uma das motivações foi o fato do Inpe apontar que o estado registrou 480,3 km² dos 593,0 km² desmatados entre março e abril na Amazônia legal.

Também em Mato Grosso, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso, afirmou que cerca de 200 fiscais, com o apoio do Exército, Polícia Federal, Ibama e Polícia Rodoviária Federal devem permanecer nas regiões norte e noroeste do Estado fiscalizando os ilícitos na floresta

 

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