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Silval vai a Brasília tentar resolver conflito de terra no Araguaia

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O governador Silval Barbosa (PMDB) se reunirá, está tarde, em Brasília, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para tentar intermediar o conflito jurídico que se tornou a posse dos 160 mil hectares da reserva Suiá-Missú. A área federal está localizada na região do Araguaia e é disputada juridicamente há vários anos por índios xavantes e posseiros. Uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) determinou a retirada dos posseiros da região. A ação foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF).

Os indígenas cobram a desocupação da área por parte dos posseiros, que por sinal querem se manter no local. A disputa pelas terras pode acabar em conflito entre os grupos. É com este pensamento que o governador vai tentar uma medida paliativa sobre esta disputa com o ministro da Justiça.

De acordo com a assessoria do governo, o secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda, disse que apesar de ser uma responsabilidade da União, o Estado está fazendo sua parte para evitar um transtorno social. O secretário explica que hoje vivem na área cerca de seis mil pessoas, são 400 alunos matriculados em escolas. São cerca de mil indígenas e na opinião do chefe da Casa Civil, será mais viável encontrar outra área apropriada para a fixação dos índios.

A estadia em Brasília também pode resultar em uma outra reunião com a ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira. Todavia, esta não está confirmada, segundo informações do secretário de Estado de Comunicação, Osmar Carvalho. Após a divulgação dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de que o Estado foi o que mais concentrou o desmatamento entre março e abril, a ministra afirmou que irá tomar medidas “duras” contra este tipo de ação em Mato Grosso.

Conforme Só Notícias já informou, ontem à noite ainda, Silval disse que o Estado irá punir exemplarmente quem estiver desmatando de maneira ilegal. Silval enfatizou que o Estado vem fazendo o “dever de casa” intensificando a fiscalização. “Estes dados divulgados nos preocupam, vamos intensificar a fiscalização e contamos com o apoio da classe produtora que trabalha dentro da legalidade. A política do governo do Estado é desmatamento zero”.

(Atualizada às 13h29)

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