A posse do deputado Carlos Avalone (PSDB) na Assembleia Legislativa provoca descontentamento que precede "racha" na sigla. Membros da cúpula tucana questionam a posição adotada pelo parlamentar de fazer parte do rodízio no Legislativo sem comunicar ou discutir o assunto de forma partidária, o que coloca Avalone sob a mira da direção regional. Os conflitos internos, conforme fonte, poderão gerar atropelo nos planos da sigla de se reestruturar após amargo resultado colhido nas eleições de 2010.
Segundo suplente da coligação Senador Jonas Pinheiro, encabeçada no pleito geral pelo ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, ele assumiu cadeira do deputado Guilherme Maluf, do mesmo partido, na quinta-feira (5). Maluf se licenciou por motivos pessoais por período de quatro meses. A insatisfação também se dá em torno das investigações da CPI das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH"s), que atingem a imagem do deputado por atuar no ramo.
Avalone traz ainda outros pontos de conflito ao PSDB, como o fato de ele ter sido um dos alvos da Operação Pacenas, desencadeada pela Polícia Federal, em processo que investigou fraudes nas licitações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Capital, na gestão de Wilson.
Para evitar maiores sequelas, a direção do PSDB se esforça para contornar o evidente racha. Secretário-geral do diretório regional, Ussiel Tavares, disse que o deputado "tem muito a contribuir na Assembleia, em favor da população". Negou ainda questionamentos sobre Avalone na legenda.