A possível perda de representatividade política levou os deputados estaduais do Partido da República (PR), que detém a maior bancada estadual com sete deputados e federal com dois parlamentares, além do senador Blairo Maggi, a se reunir e defender um endurecimento para que não haja sobressaltos quanto à ação e assédio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, de fundar o Partido Social Democrático (PSD) com uma grande bancada representativa.
Mesmo sem confirmação oficial, dois deputados estaduais do PR teriam dito nos bastidores e encontros que estavam sendo assediados politicamente a deixar o partido e migrar para o PSD, sendo que neste caso as relações locais visando as eleições municipais de 2012 os compelia a mudar de sigla.
Os líderes republicanos acreditam que o partido hoje corre solto por causa da ausência do atual presidente, o deputado federal Wellington Fagundes, que passa a maior parte da semana em Brasília, e querem um acompanhamento mais definitivo e efetivo para se evitar percalços diante da situação aberta com a real fundação do novo partido, o que segundo a legislação eleitoral, não impediria que os atuais detentores de mandato trocassem de sigla sem ser inseridos nas proibições da fidelidade partidária.
A reunião que durou várias horas demonstrou a real preocupação dos republicanos em perder representatividade na própria Assembleia diante do assédio do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, conduzido em Mato Grosso por José Riva.
Recentemente os republicanos foram surpreendidos com as informações de que o deputado federal Homero Pereira (PR), no segundo mandato, pudesse deixar a sigla mudando para o PSD, por causa do assédio da senadora Kátia Abreu, sua amiga pessoal, que ainda faz parte do DEM. Ela é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e tem forte relação profissional com Homero Pereira que já foi presidente da Federação Mato-grossense de Agricultura e Pecuária (Famato).
Kátia Abreu tentou ainda convencer o senador Jaime Campos (DEM) a trocar de partido, mas ele ainda resiste à tese de mudar, mesmo reconhecendo que os democratas se fragilizaram com os últimos resultados das eleições em todo o país, o que disparou no PSDB o mesmo sentimento dos republicanos.
Os tucanos passaram então a defender a fusão do PSDB, DEM e PPS como solução para reforçar as oposições e impedir que mais detentores de mandatos migrassem para a nova sigla, que deverá ser uma das principais aliadas do governo federal conduzido pela presidente Dilma Rousseff (PT).