Marcos Henrique Machado acaba de ser empossado desembargador no Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O ex-promotor disse que esse era um sonho desde quando ingressou na faculdade de Direito. Em seu discurso de posse, no Tribunal de Justiça, ele ressaltou que desde o primeiro dia como promotor de Justiça teve a compreensão de que o Quinto Constitucional era uma consequência, ainda que eventual, da carreira ministerial. Ao testemunhar as conduções dos hoje desembargadores Paulo da Cunha e Guiomar Teodoro Borges ao Tribunal de Justiça – ambos advindos do Ministério Público Estadual pelo Quinto Constitucional -, o então promotor afirmou ter criado uma expectativa de, um dia, seguir os passos desses “dois expoentes”, tanto no Ministério Público quanto no Poder Judiciário. O desembargador afirmou que saberá distinguir os argumentos depreciativos das críticas válidas e, com equilíbrio, prometeu resguardar a importância da Instituição tanto para o Direito quanto para a democracia.
Machado se comprometeu também a engrossar as fileiras em defesa de uma magistratura proba, respeitada, socialmente participativa e politicamente influente. Em homenagem aos juízes vocacionados, destacou que não medirá esforços para apoiar iniciativas e medidas que visem a eficiência e a efetividade dos serviços judiciários.
Parafraseando o presidente da corte, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, que em seu discurso de posse pediu a Deus que lhe fosse afastado o cálice da hipocrisia, o desembargador Marcos Henrique Machado rogou a Deus que afastasse dele, também, os cálices da vaidade, da prepotência, da ignorância e da preguiça.
O magistrado destacou que, além de suas obrigações funcionais, dará ênfase na judicatura a três bandeiras de vida. São elas: o combate às drogas ilícitas, o fortalecimento da saúde pública e a proteção ao meio ambiente. “Convenci-me de que o melhor a fazer às famílias, ao próximo e a cada um de nós individualmente, quiçá à coletividade, pressupõe a intolerância às drogas ilícitas, a efetividade do direito social à saúde e garantia de um habitat ecologicamente equilibrado”.
Escolhido para fazer as saudações ao novo integrante da Corte, o desembargador Paulo da Cunha disse se sentir feliz e honrado pela incumbência de ser o porta-voz do Tribunal Pleno. Ressaltou ainda que o desembargador veio para somar, “transportando um raio de luz e labor a esta Casa”. Avaliou também que o fato de o desembargador Marcos Henrique Machado ter coordenado várias secretarias de Estado o fez crescer na arte dos contrários e que ele tem ética, honradez e senso de justiça para exercer a função de desembargador. “Ser grande é abraçar grandes causas”, lembrou o desembargador, parafraseando o dramaturgo inglês Willian Shakespeare.
A solenidade foi prestigiada por diversas autoridades, entre elas o governador em exercício do Estado, Francisco Daltro, o procurador-geral da Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, o procurador-geral do Estado, Jenz Prochnow, o procurador da República Gustavo Nogami, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso, Cláudio Stábile, os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado Valter Albano (presidente), Antônio Joaquim, José Carlos Novelli e Waldir Teis, o defensor público Márcio Dorileo (representante da Defensoria Pública do Estado), o presidente da Associação Mato-Grossense do Ministério Público, Vinícius Gahyva Martins, o presidente da Associação Mato-Grossense dos Magistrados (Amam), Agamenon Alcântara Moreno Júnior, o secretário de Estado de Justiça e Cidadania, Paulo Lessa, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, o tenente-coronel Marcelo Silva da Fonseca, além dos desembargadores aposentados Jurandir Florêncio de Castilho, Odiles de Freitas, Flávio Bertin e Leônidas Duarte Monteiro da Silva (vaga), os ex-governadores Frederico Campos e Rogério Salles, além dos senadores Pedro Taques e Jaime Campos.
Além de promotor, Marcos Machado já foi secretário estadual nos governos de Rogério Salles e Blairo Maggi.