Na mesma esteira em que tenta manter seu status de partido imprescindível à governabilidade em Mato Grosso, o PR corre atrás de eventuais prejuízos que possam advir da criação do Partido Social Democrático (PSD), arquitetado pelo companheiro de primeiro momento do tucano José Serra, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ex-DEM, que pelas conversações deverá fundar um partido com representação política de peso em Mato Grosso.
A possibilidade do deputado federal e líder ruralista Homero Pereira, que foi sondado e chegou a admitir simpatia em migrar para a nova sigla, deixar o PR praticamente não existe mais, já que as principais autoridades dos republicanos em nível nacional e mesmo o senador Blairo Maggi reafirmaram os compromissos políticos para com o parlamentar federal que está no seu segundo mandato de deputado federal e com votações sempre expressivas. Mesmo estando longe de comparativos, Homero hoje sucede o senador Jonas Pinheiro (DEM) falecido em 2007.
O assédio sofrido por Homero Pereira e que chegou também aos membros da bancada estadual foi contornado nos últimos dias com um trabalho do senador Blairo Maggi e do próprio presidente da sigla em Mato Grosso, o deputado Wellington Fagundes, para evitar o enfraquecimento do partido no Estado que se prepara para uma grande arrancada para as eleições de 2012.
A busca por conquistar importantes espaços municipais que permitam à sigla consolidar sua base eleitoral de olho na sucessão estadual de 2014, quando o governador Silval Barbosa não poderá disputar já que foi reeleito em 2010 e o senador Blairo Maggi estará na metade do seu mandato de oito anos, leva o PR a se manter unido e ainda como a maior força política do Estado, mesmo não estando no governo do Estado, posição ocupada hoje pelo PMDB.