O secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexander Torres Maia, anunciou que o analista de sistemas Jakson Monteiro Medeiros (ex-chefe da Sema em Sinop), preso hoje, na Operação “São Thomé” -fraudes em créditos virtuais para esquentar venda de madeira extraída ilegalmente- será afastado de suas atuais funções. Ele foi preso em Sinop por ordem judicial, por 5 dias. Maia disse que já determinou o inicio de procedimento administrativo e será ouvida a defesa do servidor.
Segundo o secretário, os indícios de ilícitos começaram a ser investigados na Sema e com o compartilhamento de informações, e tiveram prosseguimento com a invasão de uma fazenda no município de União do Sul (130 km de Sinop). “Sempre que tivermos indícios de ilícitos estaremos levando essas informações à Policia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), para que os fatos possam ser devidamente apurados e os culpados apresentados à Justiça”, declarou o secretário, ao relembrar outras operações efetuadas pela Polícia Judiciária Civil e pela Polícia Federal, com o apoio da Sema.
Em relação à segurança do sistema, Alexander Maia, lembrou que o sistema de gestão florestal, o Simlam, adotado pela Sema, é um dos mais eficientes e seguros do país mas, como todo sistema, passível de falhas. “Por isso trabalhamos constantemente para que ele seja aperfeiçoado”.
O esquema fraudulento, de acordo com a polícia, resultou em 1,2 mil cargas de madeira que representa cerca de R4 3 milhões. Conforme Só Notícias já informou, os 15 mandados de prisões temporárias foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, União do Sul, Cláudia, Peixoto de Azevedo, Pontes e Lacerda, Marcelândia e Tapurah. Foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de grilagem de terras para obtenção de créditos ambientais com uso de documentos falsos para “esquentar” madeiras extraídas de áreas ilegais.