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Sinop: presidente da câmara diz que vereadores estão de mãos amarradas sobre greve

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“Estamos de mãos atadas, não há o que fazer. Não temos poder de tomar nenhuma decisão”. Essa foi a resposta do presidente da câmara, Remídio Kuntz, quando questionado sobre a declaração da presidente do Sintep, Sidnei Cardoso, sobre a falta de ação de alguns vereadores na resolução do impasse da greve da categoria que já dura 23 dias, totalizando 14 dias letivos.

Remídio disse que os vereadores participaram de reuniões entre os profissionais da educação e prefeitura na tentativa de encontrar uma solução para o problema, mas nada puderam fazer já que cabe ao Executivo a decisão de aumentar os gastos. “Os vereadores não podem criar nenhum projeto que gere novas despesas à prefeitura, não temos autonomia para isso. Apenas criar leis e indicar”, detalhou. “O que podemos fazer é cobrar e fiscalizar e isso temos feito. Cobramos do secretário (Educação), da prefeitura, temos acompanhado o processo e aguardar a prefeitura encaminhar um projeto para casa e votarmos”, explicou.

O presidente falou também que os vereadores apoiam o movimento dos profissionais e criticou os colegas que ficam apenas no discurso. “Sei que como presidente da câmara é antietico falar, mas é muito fácil discursar e ficar só nisso. Mas os professores estão certos, não somos contra a greve eles têm o direito de reivindicar. Mas também há o lado da prefeitura que não tem condições de aumentar as despesas se não estoura a folha de pagamento”, destacou.

Particularmente Remídio disse que apoia os servidores na paralisação e tratou os profissionais como heróis. “Eles passam o dia com nossos filhos, os ensinam e isso não é fácil, são verdadeiros heróis. Têm o direito de ganhar mais, de receber um salário melhor. Não apenas os profissionais da Educação, mas todas as categorias, mas do outro lado tem o município que não pode aumentar os salários”, defendeu.

Na semana passada, em assembleia, os funcionários das escolas municipais rejeitaram a contraproposta da prefeitura de reajuste em 6,46% a partir de maio e sobre vários pontos que constam no Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS). Segundo Sdnei Cardoso, um dos motivos pela rejeição é que não contempla 100% dos servidores da Educação.

 

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