Enfermeiros do Hospital Regional de Sorriso (unidade que atende pacientes de 15 cidades da região em sistema de consórcio) estão descontentes com as explicações que Secretaria Estadual de Saúde tem apresentado sobre a proposta em deixar as administrações hospitalares com Organizações Sociais. Em carta de repúdio, eles apontam que são “pífias explicações da Secretaria de Saúde do Estado para implantação das Organizações Sociais e alertamos a população neste documento. Não aceitamos que a classe trabalhadora seja responsabilizada e punida pela incompetência gerencial do Estado”.
Os trabalhadores apontam que a saúde Estadual passa por sucateamento “decorrente de planos de governos omissos, mal geridos e mal fiscalizados. Há uma omissão do Estado de longa data”. Afirmam ainda que nunca foram realizados auditorias e orientações que pudessem coordenar melhor os serviços prestados nas unidades, apesar da categoria pedir. “O Estado se posiciona longe da nossa realidade, principalmente no interior do Estado. Os gestores e secretários aparecem para fazer uma visita em épocas de eleição apenas, ou para conseguir votos”.
A categoria destaca ainda que a explicação sobre a “tercerização” das unidades hospitalares, como redução de filas, aumento no número de cirurgias e outros, ” é uma forma de empurrar para baixo do tapete a responsabilidade deles, de GERIR BEM”, aponta o manifesto divulgado pelo jornal A Gazeta.
Na carta, os enfermeiros cobram ainda que o governo assuma e faça o planejamento da rede de saúde mato-grossense; que seja realizado concurso público, que haja transparência na gestão do dinheiro público e, pedem também, por audiência com o governador Silval Barbosa. “Na saúde não há previsão de aumento de número de leitos, de estrutura, de profissionais e de recursos financeiros”.