O diretor de Comunicação e Marketing da Agência Executora das Obras da Copa do Mundo em Cuiabá (Agecopa), Roberto França, usou seu programa de televisão para fazer um desabafo em relação às críticas que o órgão vem sofrendo ultimamente. Disse que a lentidão do andamento dos projetos de mobilidade urbana é devido aos trâmites burocráticos para este tipo de empreendimento no setor público. “O importante é que os projetos estão prontos, o dinheiro está garantido junto ao governo federal e as licitações estão sendo feitas. É normal que haja críticas e até desconfianças, mas as obras serão feitas no prazo. E quero dizer que não estou neste cargo por salário. Estou neste cargo para retribuir tudo o que Cuiabá me proporcionou na vida pública”, declarou.
O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) está propondo a extinção da Agecopa e a criação da Secretaria Especial da Copa Pantanal. Ele diz estar convencido de que este modelo de gestão da entidade emperra e coloca em risco a realização do Mundial em Cuiabá.
Curiosamente, a proposta de Pinheiro é exatamente o oposto dos fundamentos que pautaram a elaboração da Agecopa que passou pelo crivo da 16ª Legislatura da Casa de Leis. No período, a implantação da agência foi subsidiada na justificativa de que a entidade deveria ter autonomia administrativa e financeira o que em tese isolaria a possibilidade de interferências políticas e do governo do Estado.
Através da secretaria, Pinheiro quer o inverso. Ele defende que a pasta deve ser subordinada “hierarquicamente” e vinculada diretamente a gestão estadual. “A Agecopa foi fundada há cerca de um ano e meio e provou que não dá certo, não apresenta resultados a que foi proposta”, cutucou. Na avaliação do republicano, a nova estrutura irá assegurar uma revisão das ações, com atuação direta do chefe do Executivo estadual, Silval Barbosa (PMDB) abrindo caminho para a celeridade dos trabalhos.