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Formação de bloco de oposição é questão de sobrevivência, diz Muniz

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Deputado estadual pelo PPS, Percival Muniz, desqualificou a formação de um bloco de oposição capitaneado pelo PSB, PDT, PV, além do PPS. O grupo tenta convencer o PTB, DEM e PSDB a ingressarem no movimento que, para Muniz, é só uma questão de sobrevivência sob pena de todos estes partidos minguarem ou acabarem politicamente. "Nós não formamos bloco de oposição. Nós estamos na oposição porque a população, o eleitor nos colocou ali quando nos derrotou nas urnas em 2010", explicou Muniz.

"Ou nos unimos e enfrentamos um grupo forte politicamente que tem a máquina na mão ou então estamos fadados ao insucesso, sendo que para isto temos que ter consistência para que o eleitor sinta disposição e vontade de fazer diferente dos que hoje ocupam o governo", pontuou Percival, assegurando que se necessário tem disposição em ser candidato a prefeito de Rondonópolis ou defender o nome do ex-governador Rogério Salles, para que o grupo vença e crie raízes.

O líder do PPS lembrou que posições isoladas como a adotada por Wilson Santos (PSDB) que abandonou a Prefeitura de Cuiabá para disputar o governo, obtendo resultados negativos são exemplos do que não se deve fazer e arrematou: ou o prefeito Chico Galindo (PTB) sai do partido ou o PTB sai dele, porque a adesão ao governo é explícita e se configura apenas no sentido de salvar sua gestão.

Percival deu sinais sobre a linha que a oposição adotará em relação ao governo Silval, ao propor o "Pacto pela Verdade", que seria o governo admitir erros e promover acertos para tampar um suposto rombo da ordem de R$ 300 milhões.

Durante a reunião da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária (CFAEO), o parlamentar apresentou requerimento que solicita explicações da Secretaria de Fazenda sobre repasse aos cofres públicos de verba oriunda de fundos – caso do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), para conta única e se pagar compromissos como os salários do funcionalismo que estariam em risco.

Percival chegou a destacar que o saldo negativo teria chegado a cifra de R$ 700 milhões e que chegaram a ele informações que o governo teria, através de movimentações via fundos, conseguido sanar parte do quadro. "O governo não quer tudo transparente? Então queremos saber, o que de fato está ocorrendo na gestão do Estado".

Outro lado – Líder do governo, Romoaldo Júnior (PMDB) e o secretário Éder Moraes, relevaram as críticas considerando-as como naturais. "É o papel da oposição".

Éder destacou que o governo está com as contas equilibradas "mesmo diante de todas as dificuldades" o que incomodaria os derrotados pelo povo nas urnas.

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