Mato Grosso corre grande risco de perder, pelo menos neste ano de 2011, R$ 380 milhões previstos para obra de mobilidade urbana através do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). Tudo porque esses valores e essas obras que deveriam, ano passado, terem sido inseridas no Programa de Aceleração do Crescimento PAC 2, não foi feito pelo Ministério dos Transportes.
Como somente as obras do PAC estão livres do contingenciamento decretado pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, as obras nas ruas e avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, bem como as intercessões através de viadutos e passagens de nível somente deverão acontecer a partir de 2012, promovendo um atraso que pode prejudicar e atrapalhar o cronograma assinado pela União, Estado e Municípios com a Fifa e com a CBF.
O governador do Estado, Silval Barbosa (PMDB) e a bancada mato-grossense no Congresso Nacional, vão correr contra o relógio para tentar reverter à situação amanhã, em Brasília numa audiência com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento e se necessário vai à busca de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff.
Em 24 de fevereiro de 2010, em visita a Cuiabá e Várzea Grande, ainda na condição de ministra-chefe da Casa Civil e coordenadora do PAC, Dilma Rousseff assumiu em coletiva no Palácio Paiaguás inserir as obras da mobilidade urbana visando atender a demanda da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Na oportunidade lhe acompanhava o então secretário-executivo do Ministério das Cidades, o cuiabano, Rodrigo Figueiredo que inseriu as obras do BRT “Bus Rapid Transit” no valor de R$ 448 milhões.
Já os R$ 380 milhões que deveriam ter idêntica destinação, mas via Ministério dos Transportes através do Dnit acabou não ser incluído no PAC 2 e agora corre o risco de ficar prejudicado, pelo menos neste ano de 2011 se o governador, senadores e deputados federais não reverterem à situação.
“Desde o ano passado eu estou alertando que todos os andamentos para prever os recursos estão em andamento, mas sua inclusão no PAC, que é uma decisão política não andou primeiro na Casa Civil, onde estava sendo executado o programa e agora no Ministério do Planejamento, para onde foi transferido quando a presidente Dilma Rousseff assumiu a presidência da República”, disse o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, lembrando que existe certa facilidade em solucionar o problema, mas não é uma decisão técnica do Dnit e sim política.