O secretário nacional de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Marcelo Dourado, terá audiência com o governador Silval Barbosa (PMDB), este mês, para discutir obras e ações prioritárias no Estado, além de empreendimentos industriais e comerciais que necessitem de créditos para iniciar suas atividades. Ele também estará visitando Rondonópolis, Sinop e Cáceres e se reunirá com prefeitos com a finalidade aproximar o Governo Federal dos entes municipais. Para as lideranças políticas do Estado, esta será a oportunidade de estabelecer o primeiro encontro com o responsável pela secretaria nacional, vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
Até o momento, não há um cronograma oficial com datas e horários das visitas em Mato Grosso. A agenda de atividades está sendo organizada pelo deputado federal Valtenir Pereira (PSB-MT). Segundo o parlamentar, a ida de Marcelo Dourado para o Estado não tem apenas por objetivo a busca por recursos. “Temos ações importantes que podemos realizar em Mato Grosso e esse contato nos permitirá maior aproximação no que se refere à liberação de recursos, por exemplo, como do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), créditos para facilitar investimentos, asfalto, além de uma outra série de questões”, declarou, ao Só Notícias.
Marcelo Dourado é do PSB do Distrito Federal e esta será a primeira viagem a Mato Grosso na condição de chefe da secretaria nacional. Ele está no cargo desde o início da gestão da presidente Dilma Roussef, quando foi designado para substituir Carlos Henrique Menezes Cabral. “A aproximação facilitará o encaminhamento das demandas”, acrescentou Valternir.
Na estrutura do Ministério da Integração Nacional, a Secretaria de Desenvolvimento do Centro-Oeste tem como responsabilidade a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento dessa região. A SCO cumpre, ainda, papel de responsável por programas e ações na macrorregião do Centro-Oeste, promovendo uma gestão compartilhada sob as diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
Desenvolvimento Regional
Não é de hoje que os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiáis e mais o Distrito Federal, que integram o Centro-Oeste brasileiro, convivem com uma série de deficiências. Nos últimos anos, estudos realizados pelo governo evidenciaram a necessidade de se investir em diferentes áreas, como a da infraestrutura econômica, promoção do desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, recuperação/conservação ambiental, desenvolvimento tecnológico e ordenamento territorial.
Mesmo se destacando como uma das regiões mais dinâmicas do país, o Centro-Oeste se vê envolvimento em meio à uma série de estrangulamentos econômicos e problemas sociais e ambientais. O próprio governo já constatou que o crescimento da economia ainda é contido pelos gargalos na infraestrutura de transporte e energia.
Nos estudos técnicos que subsidiaram a União na elaboração do Plano de Desenvolvimento do Centro-Oeste os técnicos constataram que o principal problema da região reside na deficiência da infraestrutura econômica, particularmente no sistema de transporte e na limitada oferta de energia. O estrangulamento dos transportes é especialmente grave considerando a distância que separa a região do litoral e, portanto, dos grandes eixos logísticos do comércio internacional.
O levantamento pontuou ainda que o Centro-Oeste apresenta desarticulação do sistema logístico e gargalos na oferta de infraestrutura, particularmente em transporte e energia. A combinação de distância com deficiência dos transportes leva o Centro-Oeste a registrar os mais altos custos de movimentação de carga do Brasil.
Até 2020 prevê-se uma injeção de investimentos para sanar as deficiências e alcançar as metas previstas pela sociedade e governo no que tange ao crescimento e melhoria das condições entre as unidades federadas que fazem parte da região.