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Em entrevista, Silval destaca desafio de manter crescimento de MT

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O governador Silval Barbosa concedeu, hoje de manhã, entrevista, por telefone, ao programa "Amazônia Brasileira", da Rádio Nacional da Amazônia, e falou do desafio de Mato Grosso continuar crescendo à taxa de 10% ao ano. Além de se manter como maior produtor de fibras e proteínas bovinas, e ao mesmo tempo garantir que esse crescimento se estenda aos mais diferentes segmentos sociais. "Mato Grosso precisa agregar valores à esta riqueza que é produzida aqui, mas que acaba saindo em grande parte ‘in natura", proporcionando riquezas a outras regiões do país. O governo está trabalhando para mudar esse quadro".

No caso da mobilidade social pela qual os moradores de Mato Grosso estão passando, Silval citou os números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que comprovam que foram tirados cerca de 277 mil pessoas da linha de pobreza, das 638 mil registradas em 2002. "Avançamos, não só na construção de estradas, na logística, como também na área de habitação, da saúde, da segurança pública e tiramos, sim, mais de 277 mil pessoas da linha de pobreza, e a luta é para tirar mais pessoas".

O governador lembrou que o crescimento em Mato Grosso respeita o príncipio da sustentabilidade, que o Estado ocupa em torno de 7,9% de seu território na produção dessa riqueza e tem 64% de área preservada e o governo vem trabalhando junto aos setores produtivos a regularização do passivo ambiental. "Mato Grosso vai triplicar a produção sem derrubar um pé de árvore, investindo em novas tecnologias e fazendo a recuperação de áreas degradadas".

A formação indígena também foi abordada durante a entrevista. Ele argumentou que pelo menos 400 indígenas foram graduados pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), por meio da Faculdade Indígena Intercultural; e em 2010 foi concluída a primeira turma de professores de ensino médio. Foram formados 298 professores do magistério multicultural com duração de cinco anos. São professores indígenas preparados para trabalhar nas 68 escolas estaduais em execução nas reservas. A questão de jurisdição sob a Funai ainda inviabiliza alguns projetos de capacitação para os indígenas, mas, conforme contou Silval, "o Governo, por meio da Casa Civil, vem buscando firmar parcerias que apoiem os trabalhos junto aos povos indígenas".

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