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Ex-prefeito de VG diz que apenas gastou dinheiro com política

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O ex-prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PSD), que renunciou ao cargo na terça-feira (30), afirmou, durante coletiva, que o fato de ter renunciado ao cargo não significa que ele estivesse com medo de ter o mandato cassado e ficar inelegível pelos próximos oito anos. "Nunca vivi de política. Aliás, só gastei dinheiro, nunca ganhei nada", garantiu.

Ele justifica sua saída da prefeitura dizendo que não suportaria ver a população várzea-grandense passar novamente por uma instabilidade política com a troca de mais um prefeito. "A renúncia foi um ato de grandeza. Se eu ficasse, teria que acionar a Justiça faltando menos de dois meses para terminar o mandato. O presidente da Câmara, Maninho de Barros, seria empossado, mudaria todo o secretariado, e depois de 15 dias provavelmente eu conseguiria uma liminar. Nesse caso eu voltaria para a prefeitura e iria ter que recontratar todo o staff. Não acho que é viável a dois meses do término", avaliou.

As afirmações do ex-prefeito vão na contramão das suas atitudes, já que ele disputou a reeleição no pleito municipal deste ano. "Eu disputei as eleições deste ano e não fui multado nenhuma vez. Diferente dos meus adversários, Lucimar Campos (DEM) e Walace Guimarães (PMDB), eleito para comandar a cidade pelos próximos quatro anos. Essa foi a eleição mais fraudulenta de toda a história em Várzea Grande", disse Zaeli.

Quanto à folha salarial de outubro, que deveria ser paga até o último dia 31, Zaeli afirmou que já previa um atraso, mas que o dinheiro para pagar os servidores estaria à disposição na próxima semana. Ele garantiu ainda que um verdadeiro pente-fino estava sendo feito nos salários dos servidores da secretaria de Saúde. "Realmente nós pretendíamos suspender o pagamento dos funcionários da Saúde porque encontramos inconsistências na folha salarial. Há médicos que ganham mais do que o prefeito", afirmou.

Ele garante ainda que demitiu mais de 1 mil servidores da Prefeitura de Várzea Grande para que Walace tenha tranquilidade ao assumir o cargo. "Deixei tudo arrumado. Estávamos fazendo todo o trabalho de transição e, por isso, não acho que fui covarde em minha decisão. Nenhum prefeito nunca demitiu tanta gente. Para fazer isso é necessário ter coragem", alegou.

Zaeli decidiu renunciar à prefeitura após ter sido alvo de denúncias protocoladas na Câmara sobre a ausência de desincompatibilização de suas empresas enquanto comandava o município, fato vetado pela legislação eleitoral e que poderia culminar em sua cassação. O ex-prefeito alega, no entanto, que deixou o comando de todas as suas empresas e que só não protocolou sua desincompatibilização da empresa que consta no processo porque estava inativa desde 2004.

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