O deputado estadual Marcio Pandolfi (PDT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para cobrar do Governo do Estado as ações prometidas em campanha, os repasses feitos aos municípios para atender a saúde – que constam na Lei Orçamentária Anual (LOA) – além de criticar a falta de diálogo com os servidores estaduais. Os repasses em atrasos já somam R$ 50 milhões, segundo dados da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM). Esse valor se deve também ao atraso nos repasses que não foram feitos no ano anterior. Em Cuiabá, por exemplo, o último repasse para a manutenção de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foi referente ao mês de junho, segundo a Prefeitura Municipal de Cuiabá.
“Constantemente me deparo com uma triste realidade. O que mais me entristece é a saúde. Quando se fala de atrasos para o setor falamos em vidas; você está colocando a vida dessas pessoas em risco”, disse Pandolfi. “Não deveríamos ter esse problema. O Estado vem arrecadando mais do que foi planejado, mas falta planejamento”, afirmou o deputado.
Ontem, funcionários do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea MT) procuraram o deputado e afirmaram que a falta de recursos para o órgão prejudica a fiscalização sanitária no Estado. “O Indea é fundamental para nós. Mato Grosso depende da questão sanitária. Sem uma boa fiscalização nós sabemos dos embargos que podem acontecer e atingir toda a cadeia produtiva. Isso afeta também os cofres estaduais”, disse Pandolfi.
Segundo o deputado, ainda passam por problemas a Defensoria Pública e a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Marcio afirmou que a Defensoria precisa de R$16 milhões para fechar as contas deste ano.
“O MT Saúde também vive uma calamidade”, disse o deputado. O deputado afirmou também que greve é retrocesso. “A melhor maneira de se prevenir uma greve é com diálogo. O servidor deve ser reconhecido, seu trabalho é de extrema importância”, afirmou, olhando para os trabalhadores do sistema prisional que acompanhavam a sessão.