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PR pressiona para recolocar Vuolo no secretariado de Silval

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A pressão do Partido da República por mais cargos no staff do governador Silval Barbosa (PMDB) desenhou durante quase todo o dia de ontem a substituição do secretário Arnaldo Alves de Souza, da pasta de Transportes e Pavimentação Urbana, que estaria em vias de ser trocado pelo vereador e candidato esvaziado à sucessão municipal de Cuiabá Francisco Vuolo, protegido político do senador Blairo Maggi, maior liderança política da sigla em Mato Grosso.

Arnaldo Alves Souza, no entanto, não deixaria o staff governamental, voltando para a Secretaria de Planejamento e Coordenação, cargo que ocupou no governo Blairo Maggi substituindo José Botelho do Prado, que se aposentou como Auditor Geral do Estado, por ser funcionário de carreira, mas permaneceu como secretário de Estado nos últimos anos.

Silval Barbosa almoçou ontem com os deputados Wellington Fagundes, presidente regional do PR, que passou mais de 6 horas trancado no Palácio Paiaguás, além do deputado e primeiro secretário da Assembleia Legislativa, Mauro Savi (PR), um dos mais próximos e influentes parlamentares junto ao governador do Estado. Também esteve com o governador o líder do governo na AL, Romoaldo Júnior (PMDB), e o presidente regional do PMDB, Carlos Bezerra. Logo depois foi chamado Francisco Vuolo (PR), que chegou para a reunião que se estendeu pela noite adentro.

Toda essa engenharia esbarra ainda em outras possíveis trocas no staff para que o governo do Estado contemple partidos aliados como o PSD do presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, e impeça o descontentamento, principalmente após o período das eleições municipais que uma vez encerrado, imediatamente abre o prazo para a sucessão do próprio Silval, que não mais pode ser candidato ao governo do Estado por já ter sido reeleito em 2010.

Fontes do Palácio Paiaguás informaram que a pressão vinda do PR era por acomodação de partidários e principalmente por causa da última decisão do partido de manter viva a chama de uma candidatura ao governo do Estado por parte do senador Blairo Maggi em 2014, o que seria deflagrado a partir de agora com o intuito de reforçar as candidaturas do partido e as apoiadas por ele, leia-se Mauro Mendes – Cuiabá, entre outras nas disputas municipais deste ano. O receio do PR é sair muito menor do que entrou na disputa, já que está fora do governo do Estado.

A real possibilidade de troca no staff governamental antes do resultado das urnas eleitorais demonstra a preocupação do governo do Estado em perder sustentação política na Assembleia Legislativa e na bancada federal que tem permitido a Mato Grosso consolidar uma posição de tomador de recursos, mesmo que via empréstimos, para obras de infraestrutura que assegurarão ao governador Silval Barbosa a condição de líder político realizador ou tocador de obras de infraestrutura que lideram as expectativas da população por benefícios vindos do Poder Público.

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