Das 201 obras anunciadas pelo prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), durante sua gestão, ele afirma que conseguirá realizar apenas 50. Seu principal projeto de governo, o Poeira Zero, também deve ficar sem conclusão. Desde que assumiu à prefeitura, no final de março de 2010, Galindo não escondia que seu desejo era asfaltar todas as ruas da capital, mas hoje o discurso é diferente.
"Qualquer cidadão estaria insatisfeito com o prefeito se andasse no meio da poeira ou da lama", ponderou. De acordo com ele, em Cuiabá ainda existem cerca de cem bairros sem asfalto e com esgoto correndo a céu aberto e a prefeitura está recuperando 38 deles por meio do Poeira Zero, que contempla drenagem de águas pluviais e pavimentação asfáltica.
"Vai ser impossível terminar um bairro inteiro. O Atalaia, que foi o primeiro, eu tinha certeza que ia concluir, mas acho que vamos conseguir fazer uns 70% ou 80%, tomara que termine, mas como eu ando lá, visito as obras, tenho que ser realista", avisou o prefeito.
Galindo explica que o município ainda conta com cerca de R$ 130 milhões em caixa, dos quais ele gostaria de investir 100% até o final do ano, mas admite que não conseguirá por problemas burocráticos. "Não sou eu que não quero fazer. O dinheiro está aí, mas quem critica não percebe problemas como a falta de mão de obra, burocracia, entre outros", completou.
Do montante, ele garante que R$ 12 milhões já estão empenhados na substituição de 20 pontes de madeira por pontes de concreto na zona urbana e rural de Cuiabá. As reformas que estão em andamento são 28 de unidades da Secretaria Municipal de Educação (SME) e 21 da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O prefeito também garante que Cuiabá está dando sua contrapartida para a realização da Copa do Mundo ao contrário do que tem sido criticado. Ele garante que ajudou a viabilizar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), inclusive com a doação de uma área do município de aproximadamente 30 mil metros quadrados e com a isenção do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN). "Agilizamos todos os projetos a ponto de ser criticados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea)".