O governo do Estado de Mato Grosso fechará até o final deste ano ou meados de 2013 o concurso público lançado em 2009 e executado em 2010 como o maior do Brasil por contemplar mais de 10 mil vagas. A diferença é que após críticas e manifestações de segmentos que disputavam a chamada para a posse, os números consolidados pela Secretaria de Administração do Estado já estimam em 14 mil convocados, ou seja, o total aprovado e mais parte dos classificados terão assumido funções públicas, o que é previsto em lei.
"Certamente vamos chegar aos 14 mil convocados e empossados", disse o secretário de Administração, César Zílio, que assinalou estar o governo de Mato Grosso preparando novos concursos de acesso ao Poder Público Estadual para a área de Segurança Pública em decorrência da Copa do Mundo de 2014. Os números ainda não concluídos sinalizam para outros 3 mil que atenderão a demanda das Polícias Militar, Judiciária Civil, Técnica e do Corpo de Bombeiros.
Em recente posse de 68 delegados da Polícia Judiciária Civil, Silval Barbosa (PMDB) confirmou a posse de outros 52 delegados aprovados em concurso público e a realização de novo certame para atender a demanda da Segurança Pública. "Estamos atentos à necessidade de pessoal e de investimentos para atender a demanda do setor em Mato Grosso", assegurou o governador do Estado pontuando que diferente do último concurso, daqui para frente será realizado apenas por área, dentro das necessidades de cada área.
O secretário de Administração, César Zílio, lembrou que a demanda por novos servidores é decorrente do crescimento econômico de Mato Grosso e da prestação de serviços sempre ampliada para atender a um maior número de pessoas, mas também do crescimento vegetativo de vagas com a chegada de pedidos de aposentadorias que em média atingem algo em torno de 1,2 mil/ano.
"O que o governo do Estado fez foi cumprir rigorosamente o que estava na lei, ou seja, empossar os aprovados dentro de parâmetros estabelecidos, como a questão financeira e outras situações que obrigam o Poder Público a fazer as coisas dentro da lei e da ordem", disse Zílio.
O secretário de administração apontou ainda que a lei aprovada pela Assembleia Legislativa de autoria do presidente José Riva (PSD) e as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal não deixam dúvidas da preferência na posse dos aprovados nos concursos públicos, mas o tamanho da máquina administrativa e suas diferentes necessidades levam o Estado a ter contratados e terceirizados para atender as demandas.
Atualmente, quase 100 mil servidores entre ativos e inativos fazem parte do governo do Estado, o que consome algo em tono de R$ 300 milhões/mês com a folha de pagamento do funcionalismo público.