Os integrantes da comissão que investigam a suposta quebra de decoro do vereador asfatado, Maximino Vanzela (DEM), colhem o depoimento dele, neste momento, na Câmara de Vereadores. A oitiva é fechada e iniciou, hoje pela manhã. Nilo Arthur Perin (Chacrinha) é o presidente da comissão, Luiz Fábio Marchioro (PDT) o relator e, Boanerges Costa (PMDB), membro. Eles apuram suposta participação de Vanzela, em uma reunião com aliados políticos para tratar de uma armação. Nela, seria tramado um atentado contra o suplente Cicero Zimmerman (da situação), e jogada a culpa no então vereador Gerson Frâncio, o “Jaburu” (que era da bancada de oposição e foi um dos três cassados no episódio da suposta cobrança de propina por troca de apoio político na câmara).
No depoimento, Vanzella se defendeu das acusações que apontam ele como um dos envolvidos em um suposto falso atentado contra o suplente de vereador do próprio grupo político, Cícero Zimmermann (PMDB), para tentar incriminar o, na época, vereador da bancada de oposição, Gerson Frâncio, o “Jaburu” (sem partido).
No cronograma da Comissão, o segundo a ser ouvido seria Cleverson Rodrigues Machado, que executaria uma suposta tentativa de homicídio contra Zimmermann para incriminar Jaburu. No entanto, o advogado de Cleverson, Fernando Souza, protocolou um requerimento justificando a ausência do depoente para os membros da Comissão. O advogado comunicou que ocorreu incompatibilidade de horário, pois terá que participar de uma audiência, em outro local, ainda nesta manhã. O relator da Comissão, Luis Fabio Marchioro (PDT) disse que irá avaliar o pedido.
Neste momento, está prestando depoimento Jaburu. O delegado Bráulio Junqueira, que hoje atua em Sinop, mas que na época comandava a delegacia sorrisense, é o último a ser ouvido. Junqueira já está na câmara e aguarda ser chamado pela Comissão.
No início do mês, o juiz Wanderley José dos Reis negou o pedido do vereador Maximino para derrubar decisão plenária da câmara e reassumir seu mandato. Ele acabou sendo afastado pelos demais vereadores sob alegação de que poderia interferir no andamento dos trabalhos da comissão. “[…] a decisão que determinou o afastamento do vereador liminarmente de seu cargo, conforme dispositivo supratranscrito, trata-se de decisão interna corporis do Poder Legislativo Municipal, que, em princípio, não violou disposição constitucional ou legal.”, apontou o magistrado em um trecho.
A comissão, criada em maio, tem um prazo de 60 dias para trabalhar o relatório sobre o caso. Este prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias. Vanzela estava sendo, no legislativo, o principal defensor do prefeito Chicão Bedin, cuja oposição é formada por 8 dos 10 parlamentares.
(Atualizada às 11h15)
(foto: assessoria)