O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), cobrou, ontem à noite, que a classe política de Mato Grosso s una para reivindicar junto a presidente da República, Dilma Rousseff, soluções imediatas quanto à demarcação das terras indígenas na região Xingu e resolvido conflito agrário envolvendo a reserva indígena de Maraiwatsede, onde ocupantes não índios e indígenas bloquearam as rodovias federais BR-158 e BR-080 desde sábado, em protesto contra a decisão judicial que determina a saída deleas da área demarcada sobre terras da antiga Suiá Missu, na qual a Funai decidiu pelo assentamento dos índios Xavantes.
O parlamentar utilizou o plenário do legislativo estadual durante a sessão para criticar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e a Fundação Nacional do Índio (Funai). “É necessário colocar o índio em seu habitat natural. Mas, na Funai, não conheço um recurso que teve êxito. Também vejo como uma irresponsabilidade do ministro da Justiça, pois não está nem aí e não tem a honradez de responder as nossas solicitações”, reclamou se referindo ao requerimento feito há um ano sobre o tema e que até o momento não houve retorno.
Riva classificou como “absurdo”, o tratamento do governo federal com a questão da demarcação das terras indígenas. “Está na hora da classe política de Mato Grosso ir até a presidente Dilma e pedir para ela ter piedade do Estado, não podemos ficar criando reserva indígena dessa forma. O problema é causado pelo Governo Federal e vemos a revolta da população da cidade, do poder público municipal e da comunidade indígena, que já aceitou dialogar sobre o tema”, disse. Outro aspecto abordado pelo presidente da Assembleia foi à necessidade de criar uma legislação mais rigorosa no Congresso Nacional.