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MPF de Mato Grosso denuncia "aloprados" que tentaram vender falso dossiê

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Nove pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhados (PT) acusadas de envolvimento na tentativa frustrada de comprar um falso dossiê contra o PSDB, na campanha de 2006, foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso. A denúncia foi aceita pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal em Mato Grosso, Paulo Cézar Alves Sodré. Os agora réus no caso conhecidos nacionalmente como "aloprados" são o advogado Gedimar Pereira Passos, o engenheiro Valdebran Carlos Padilha da Silva, Jorge Lorenzetti, o bancário Expedido Afonso Veloso, Oswaldo Martines Bargas, Hamilton Broglia Feitosa Lacerda, o comerciante Fernando Manoel Ribas Soares, a contadora Sirley da Silva Chaves e o atendente Levy Luiz da Silva Filho.

A denúncia foi aceita na sexta-feira (15), ou seja, seis anos do episódio em que os integrantes do PT foram acusados de tentar comprar pelo preço de R$ 1,7 milhão em dinheiro não contabilizado, um dossiê contra o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), então candidato ao governo paulista. Eles foram denunciados por diversos crimes, entre eles, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional. O juiz concedeu prazo de dez dias para os réus responderem às acusações, mediante carta precatória. Conforme consta na denúncia assinada pelos procuradores da República, Douglas Santos Araújo, Ludmila Monteiro e Marcellus Lima, dos acusados apenas 1 mora em Cuiabá enquanto outros 3 residem no Rio de Janeiro, 3 em Brasília, 1 em São Paulo e outro em Santa Catarina.

À época, a Polícia Federal (PF) abriu investigação para apurar os supostos crimes relacionados ao episódio conhecido como o "Escândalo do Dossiê". O principal envolvido, conforme o inquérito policial, foi Luiz Antônio Trevisan Vedoin que tentou vender para pessoas filiadas ou empregadas no PT, documentos e informações que revelariam o envolvimento de políticos de São Paulo, integrantes do PSDB, nas fraudes das ambulâncias, conhecida com a "Máfia das Sanguessugas" cujo objetivo seria o de desestabilizar a eleição para governador em São Paulo.

Naquele ano, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou os petistas denunciados no caso como ‘aloprados‘. O suposto documento tentava ligar o tucano com a máfia dos sanguessugas, de venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras e órgãos públicos de várias cidades do país.

Em razão da repercussão alcançada pelos fatos da venda do dossiê às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais em 2006, houve um interesse da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito de acompanhar as apurações. Esse trabalho resultou na elaboração de um detalhado relatório das apurações, bem como de novos dados identificados pela equipe técnica do Congresso Nacional.

O caso
A Polícia Federal prendeu na madrugada do dia 15 de setembro de 2006, 2 integrantes do PT no quarto do Hotel Íbis Congonha, em São Paulo portando R$ 1,7 milhão em notas de dólares e reais. Os presos eram o empreiteiro de Mato Grosso, Valdebran Padilha, filiado ao PT e Gedibran Passos, então assessor da campanha à reeleição do presidente Lula. Eles disseram à polícia que se encontraram para negociar um dossiê contra o PSDB.

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