O PDT está pronto para desembarcar do Movimento Cuiabá de Verdade, liderado pelo empresário e pré-candidato a prefeito Mauro Mendes (PSB). A tendência do PDT está dividida em três vertentes: candidatura própria; seguir com o PT e o pré-candidato Lúdio Cabral ou então acompanhar a candidatura do tucano Guilherme Maluf, se aliando ao Democratas.
Na última reunião do PDT em Cuiabá, a maioria dos presentes defendeu a pré-candidatura própria do médico Kamil Fares, presidente do diretório municipal e que antes da confirmação da pré-candidatura de Mendes já se articulava em um entendimento com o PT.
Fora isso, o partido por maioria defendia o rompimento com o PSB, o que não acabou confirmado por causa da intervenção do senador Pedro Taques, que mesmo demonstrando descontentamento com o aliado, e fazendo duras criticas às costuras político-partidárias mantidas por Mendes com outros partidos, defendeu que todas as possibilidades de entendimento fossem esgotadas.
Mas, o PDT começa a ampliar horizontes e já sinaliza entendimento com outro grupo político formado pelo PSDB e o Democratas. Aliás, Jayme Campos (DEM) e Taques estariam imbuídos em construir uma aliança em 2012 que pudesse ser consolidada nas eleições para o governo do Estado em 2014, quando o atual governador Silval Barbosa (PMDB) não poderá mais disputar por já ter sido reeleito em 2010.
As costuras envolvendo a sucessão em Cuiabá passariam então a ser tratadas em conjunto com as eleições em Várzea Grande, onde a ex-primeira dama Lucimar Campos deverá ser a candidata democrata. A proximidade PDT/DEM/PSDB afastaria em definitivo o PMDB e até mesmo o PR de uma composição em Cuiabá e Várzea Grande, além de poder aproximar o PSD de Carlos Brito, que mesmo sendo pré-candidato, também tenta a costura de um entendimento de olho num eventual segundo turno das eleições municipais, já que parece distante a possibilidade de qualquer dos pré-candidatos obter 50% mais um voto para vencer a disputa na Capital em primeiro turno.
A pouco mais de 13 dias do prazo final para que o partidos indiquem seus candidatos e coligações, os próximos dias serão essenciais para que a costura dos acordos políticos aconteça, pois a partir de 6 de julho, pela legislação eleitoral, a campanha já estará legalmente nas ruas.