O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), em depoimento à Comissão de Ética no Senado Federal, hoje, negou que tenha participado de qualquer articulação com vistas a se beneficiar em qualquer tipo de licitação em Mato Grosso ou qualquer outro estado. “Licitação em Mato Grosso? Delírio. Isso se chama delírio”, afirmou o senador acusado de participar do esquema criminoso montado por Carlos Augusto Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”.
A indagação partiu do senador mato-grossense Pedro Taques (PDT), que participou da audiência. Durante mais de duas horas de depoimento, Demóstenes Torres negou envolvimento com o esquema de jogo ilegal e rebateu, entre outras denúncias que pesam contra ele, acusações de que teria trabalhado em favor da legalização de jogos de azar. Demóstenes leu trechos de inquéritos de delegados e procuradores em que afirmam que não tem participação em atividades ilícitas.
Demóstenes é acusado de quebra de decorro sob acusação de participar do esquema montado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. A ligação entre o senador acusado e o criminoso foi revelado em operação realizada pela Polícia Federal. Há várias ligações apontando amizade e possíveis trocas de favores entre ambos.
Devido a esta situação, uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) foi montada para analisar a ligação entre o grupo do criminoso com órgão e agentes públicos.