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Nortão: moradores reclamam da qualidade do serviço de energia elétrica

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Em tom de protesto e indignação, empresários, lideranças políticas e moradores das cidades de Itanhangá e Ipiranga do Norte cobraram melhorias na qualidade da eletricidade fornecida a esses municípios através da conclusão do linhão para expansão da energia, cujas obras tiveram início ainda em 2008. Os manifestos ocorreram durante audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa no Clube dos Idosos de Iatanhangá, ontem à noite.

Autor do requerimento para realização da audiência, o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) abriu os trabalhos cobrando providências imediatas da Rede Cemat. Ele lembrou que os municípios do Nortão estão perdendo investimentos por conta da falta de energia, e citou a cidade de Tapurah, que teve que apelar para geradores a diesel – com alto custo de manutenção – para receber uma grande rede de supermercados.

Dilmar também cobrou uma posição mais clara do governador Silval Barbosa (PMDB) com relação aos abusos cometidos pela Rede/Cemat, e lembrou que a concessão dos serviços é feita pelo Estado, que, portanto, tem o dever de regular e fiscalizar. "A falta de energia afeta o desenvolvimento do município, e a geração de empregos. Muitos jovens estão recorrendo a cidades maiores como Lucas do Rio Verde e Sorriso atrás de trabalho, já que essas os municípios menores estão impossibilitadas de receber indústrias e comércios", pontuou Dal Bosco.

Com discurso rígido, o vereador por Itanhangá, Silvestre Kaminski , endossou as críticas ao governador, que, segundo ele, está tão envolvido com as questões da copa do mundo que esqueceu das cidades do interior, retirando, inclusive parte dos recursos do Fethab. "Gostaríamos de ser pessoas de bem, pessoas educadas e parceiros do governador, mas se for preciso vamos cobrar com dureza, para que Silval saiba que aqui moram pessoas de bem, que pagam seus impostos e que precisam de empregos para seus filhos", afirmou

Entre os mais insatisfeitos com a péssima qualidade da energia estava o prefeito de Ipiranga do Norte, Orlei José Grasseli, o Graxa que reclamou do uso de geradores para funcionamento dos condicionadores de ar das escolas públicas, e da situação das empresas maiores, a exemplo dos postos de combustíveis, que passam horas inoperantes devido a quedas da eletricidade. "Em pleno século XXI nós ainda mendigamos por energia elétrica e arcamos com todo prejuízo. A primeira coisa que os investidores falam é que não vão investir porque não tem eletricidade adequada além do fato de que, qualquer chuvinha afetar nosso fornecimento", ressaltou Graxa.

O gestor de Ipiranga do Norte apontou outro problema gerado pelas oscilações da energia: a queima de aparelhos domésticos. Nesses casos, segundo o prefeito, os prejudicados não têm a quem recorrer, já que a concessionária não possui uma central de atendimento no município, além do fato de os moradores não poderem apelar judicialmente, vez que o a cidade não possui fórum, nem juizado do consumidor.

Wanderlei Proença, prefeito de Itanhangá, lembrou que duas madeireiras instaladas em sua cidade, mudaram-se para outros municípios devido as péssimas condições de energia, deixando um saldo mais de 200 desempregados.

Se no centro urbano a qualidade da energia elétrica é ruim, na zona rural a situação é ainda pior, segundo o agricultor Claudionor Francisco Basso. Morador de uma chácara na região de Itanhangá. Ele também teve que apelar para um gerador elétrico depois de perder 370 litros de leite com a interrupção do fornecimento por mais de sete horas consecutivas. "Pago 340 reais de energia. Um custo altíssimo para um serviço sem qualidade. Sou morador de Itanhangá há 15 anos, e todo este tempo ouço promessas não cumpridas da Cemat", desabafou o agricultor.

 

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