O prefeito de Várzea Grande, Sebastião Gonçalves (PSD), deflagrará nos próximos dias uma auditoria minuciosa sobre todas as secretarias e autarquias que visa o "detalhamento" da dívida de aproximadamente R$ 320 milhões do município. E avisa que um dos maiores problemas do endividamento da administração está na área da saúde, com projeção de R$ 62 milhões sobre o setor. A medida é considerada fundamental para andamento da reforma administrativa que prevê outras mudanças ainda no decorrer deste ano.
O gestor destaca pontos nevrálgicos da dívida, como em relação a previdência social. Fonte revela que o Pronto Socorro de Várzea Grande entra na lista dos principais alvos da auditoria. O setor, que já atravessa revisão nos últimos meses, deverá passar por crivo cerrado do prefeito. Ele terá em mãos informações sobre o real andamento dos procedimentos, tanto em relação aos trabalhos prestados como sobre itens administrativos.
Promete assegurar a renovação de trabalhos prestados à comunidade varzea-grandense, mas tem ciência de que o tempo é curto e de que é preciso fazer mais. Em ano eleitoral, muitos trabalhos acabam sendo paralisados ou não tem o andamento esperado. Mas o prefeito faz questão de afirmar que assumiu compromisso com a prefeitura e que irá, de um jeito ou de outro, apresentar melhorias para a cidade, até o fim deste ano.
Nome natural do PSD para disputar a reeleição, o prefeito Sebastião Gonçalves prefere manter cautela ao comentar o tema. Presidente do diretório municipal do partido comandado no Estado pelo vice-governador Chico Daltro, ele lembra que as ações na legenda estão nessa fase voltadas aos debates para construção de um programa de gestão para a cidade.
"A nossa preocupação é com o que a sociedade espera de nós, que temos a obrigação de fazer trabalhos para a melhoria da qualidade de vida da população. O partido vai debater essas questões, porque o PSD quer sugestões da população e isso vai ajudar a construir a proposta do partido para Várzea Grande", disse. Na cidade, o PSD tem amarrado discussões com outros partidos, para aliança nas eleições de 2012, como cabeça de chapa.