Um estudo encomendado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em 2010, ainda sob a gestão do ex-diretor Luiz Antônio Pagot (PR), apontava que a Delta era “famosa” por oferecer preços bem abaixo dos praticados no mercado, justamente para vencer as licitações, no órgão federal. O documento ainda mostrava que a empreiteira, em média, oferecia “desconto” de 16% sobre o valor apresentado pelo Dnit nas disputas. Este percentual era o dobro do oferecido pelas demais
No entanto, após vencer a licitação, a Delta apresentava o pedido de vários aditivos para reequilibrar o contrato e chegar ao valor considerado viável para realizar a obra. De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a Delta é a empresa dominante em obras de manutenção rodoviária no Dnit. Segundo próprio balanço da autarquia, a empreiteira acumulou contratos que somam R$ 3,4 bilhões nesta área. Ou seja, 80% do total pactuado para a área.
Ainda segundo a reportagem, a Delta obteve aditivos que alteraram o valor de suas obras em quase 60% dos contratos firmados com o Dnit. “De um total de 265 empreendimentos tocados pela empreiteira a serviço da autarquia responsável pelas rodovias federais, 154 sofreram mudanças no valor originalmente previsto, custando mais caro na maioria dos casos e aumentando o valor das obras em cerca de R$ 400 milhões”, aponta um trecho da matéria.