A simples conversação entre o Democratas e o PPS em Cuiabá, e que contaria com a proximidade do PP e talvez do PSDB, acabou provocando alvoroço nos meios políticos, principalmente por causa da possibilidade de uma chapa composta pelo ex-prefeito Roberto França (DEM) e pelo deputado Guilherme Maluf (PSDB), que seriam uma alternativa aos atuais nomes colocados de grandes partidos que desejam arrebanhar as siglas consideradas de menor poder ofensivo eleitoral.
O ex-prefeito Roberto França disse que as eleições em Cuiabá passam pelo DEM que ainda não definiu sua posição, mas admitiu que conversas acontecem em todos os rumos e sentidos e com vários partidos, mas evitou avançar além desta perspectiva.
Já Percival Muniz, presidente do PPS regional, apontou que o diretório municipal de Cuiabá, comandado por Wagner Simplício, tem autonomia para decidir seu destino e confirmou conversações com o Democratas, mas ponderou que isto não afasta o partido do rumo que ele considera como certo que é o apoio a Mauro Mendes (PSB) e ao Movimento Mato Grosso Muito Mais.
"Ele (Mauro) lidera todas as pesquisas, então não teria sentido irmos em outro rumo. Acho que as conversações entre o PPS e o DEM são para consolidar uma chapa de apoio a Mauro Mendes", desconversou Percival Muniz, que vê na proximidade dos democratas uma chance de reforçar a própria estratégia em Rondonópolis, onde pretende disputar a sucessão de José Carlos do Pátio (PMDB).
Percival admitiu que o momento é de conversação e que somente daqui alguns meses as confirmações acontecerão, até por uma questão de legalidade, já que existem prazos para a realização das convenções partidárias, quando então os partidos terão candidatos próprios.