A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou, ontem, requerimento, de autoria do senador Pedro Taques (PDT), para ser feita audiência pública, com diretores do DNIT, Valec, Ministério dos Transportes, sobre a Ferrovia de Integração Centro-Oeste, cujo traçado inclui o município de Lucas do Rio Verde, com construção de um terminal de cargas (ferrovia ligará Goiás a Mato Grosso e Rondônia). O objetivo é buscar informações sobre o andamento, cumprimento de cronogramas e dar publicidade à prestação de contas da obra. A data da audiência pública ainda não foi agendada. O documento também é assinado pela senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), representante de Goiás – estado que também será contemplado pela ferrovia. A primeira etapa da obra (Incluída no PAC) que corresponde a 1.040 km, com custo de R$ 4,1 bilhões, tem conclusão prevista para 2014.
Durante reunião com a bancada de Mato Grosso, Taques aproveitou para convidar os senadores e deputados federais do Estado para participarem da audiência. Ele ressalta a importância da participação dos demais parlamentares na discussão de um assunto tão importante quanto a logística do transporte para a região.
“A urgência do setor produtivo no implemento da estrutura de transporte ferroviário requer que a classe política se mobilize para tornar este projeto uma realidade. A audiência também terá um caráter informativo principalmente para a população das localidades contempladas pelo projeto”, justificou o senador Pedro Taques.
A obra teria 1.638 quilômetros de ferrovia e tem um custo orçado em R$ 6,4 bilhões. Trata-se de empreendimento que dará impulso para o desenvolvimento do país, especialmente para os estados de Mato Grosso, Goiás, Rondônia e o sul dos estados do Pará e Amazonas.
Em Mato Grosso, beneficiará Cocalinho, Nova Nazaré, Água Boa, Canarana, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Nova Ubiratã, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Maringá, Brasnorte, Sapezal, Campos de Julio e Comodoro.
“O desenvolvimento regional está intimamente ligado à ferrovia, pois sua construção avança para um novo paradigma de estrutura de transporte, até agora muito negligenciado no nosso país dadas as suas dimensões continentais”, complementou Pedro Taques.