Um dos nomes mais assediados pelos partidos políticos e organizações sociais para que assuma a condição de candidato, o juiz federal Julier Sebastião da Silva, voltou a despejar um balde de água fria nas pretensões de agremiações, negando qualquer possibilidade de “agora” assumir a condição de candidato a qualquer cargo eletivo, mesmo tendo por lei, a prerrogativa de só se filiar e se candidatar 4 meses antes das eleições marcadas para outubro deste ano.
Assumindo de certa forma jargões comuns na política eleitoral, o juiz federal reafirmou que o futuro a Deus pertence, mas que sua missão neste momento é continuar praticando a Justiça para atender aos anseios da sociedade e para promover um país melhor para todos.
A fala do magistrado foi no sentido de desmistificar as ilações de que o fato de lançar um blog pessoal: www.blogodojulier.com.br tenha interesse político eleitoral, quando na verdade é uma disseminação no sentido de aproximar a Justiça do cidadão e mostrar que a mesma está aberta, como qualquer outro poder a receber opiniões e discutir decisões. “Acho que falta a Justiça discutir com a sociedade e explicar porque certas decisões são tomada e com base no que elas são tomadas”, ponderou o magistrado.
Amigo pessoal do senador Pedro Taques (PDT), que conheceu enquanto um militava na Procuradoria da República e o outro na Justiça Federal, onde se relacionaram em várias ações conjuntas, Julier tem sido estimulado por Taques a ingressar na carreira político eleitoral, sendo que um dos discursos mais repetidos pelo senador pedetista é de que a política tem que ser ocupada por pessoas de bem para acabar com a mácula da corrupção que pesa no meio.
O magistrado, no entanto, permanece incólume, negando a possibilidade para agora, mas não para o futuro, que pode ser em 2014 ou em outro momento diante da sua pouca idade e a possibilidade que a vida política garante a qualquer um de começar cedo ou tarde no meio partidário.
Antes de chegar à Justiça Federal por concurso público, Julier Sebastião da Silva foi militante ativo do Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto acadêmico de Direito, mas como a lei veda a participação de magistrados na política partidária, ele assumiu a condição de juiz e deixou de lado o veio político que pode aflorar mais cedo ou mas tarde.