Menos de 24 horas após ter recebido apelo do governador Silval Barbosa (PMDB), o defensor público geral, André Prieto reuniu sua equipe para adotar uma série de medidas de contenção de gastos e definição de prioridades que visam reduzir em 50% as despesas do órgão. Entre as principais medidas estão o corte em 40% dos cargos comissionados reduzindo de 760 para 456; a suspensão do pagamento das verbas indenizatórias para as despesas dos defensores públicos; redução em 50% dos gastos com diárias, além de se rever todos os contratos de prestação de serviços para que os mesmos sejam reduzidos ou cancelados.
"Temos que dar nossa contribuição, então vamos cortar na própria carne, nos adequar à realidade econômica do momento, esperando que num futuro breve o governo do Estado possa rever sua posição em relação à Defensoria Pública", disse André Prieto convicto de que as medidas vão dificultar ainda mais a assistência a população que espera pelo atendimento jurídico gratuito.
O defensor público geral lembrou que, ao se reunir com o governador Silval Barbosa acompanhado pelos deputados José Riva (PSD) e Sérgio Ricardo (PR), fez questão de levar os representantes da categoria dos defensores públicos para que todos tomassem ciência da situação e para auxiliarem na tomada de decisões que são duras, mas neste momento necessárias.
Prieto frisou ainda que não vai recuar em definitivo do provimento de cargos de novos defensores públicos e de servidores, e que apenas, no momento de crise está dando sua contribuição para com Mato Grosso. "Vamos acompanhar a situação econômica das finanças públicas e tão logo elas estejam recuperadas voltaremos a discutir com o Executivo e com o Legislativo as medidas para implementar o preenchimento dessas vagas tão essenciais para que a Defensoria Pública possa exercer seu papel constitucional em todas as 80 comarcas de Mato Grosso de assegurar atendimento jurídico àqueles que não podem pagar", disse ele.