Foi adiado para a semana que vem o julgamento do recurso com o qual o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), tenta anular o afastamento do cargo por ato de improbidade administrativa. O adiamento representa apenas uma das frente da batalha judicial com o qual o republicano quer retomar a cadeira que vem sendo ocupada pelo vice Tião da Zaeli (PSD).
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ-MT), o adiamento ocorreu a pedido da defesa do prefeito. O documento é assinado pelo advogado Antônio Luiz Ferreira da Silva. A 3ª Câmara Cível será a responsável pelo julgamento do recurso (agravo de instrumento) apresentado contra decisão do juiz Onivaldo Budny.
O advogado de Murilo queria fazer uma defesa oral na sessão de ontem da 3ª Câmara Cível. Como a relatora do processo, desembargadora Maria Erotides, rejeitou o pedido, o advogado solicitou mais prazo para preparar a defesa.
Murilo foi afastado do cargo pelo menos 4 vezes somente em 2011. A mais recente ocorreu em agosto do ano passado. Como ele foi alvo de 2 afastamentos e também de extinção de mandato, o recurso é apenas um dos empecilhos para ele voltar à cadeira.
Além dos dois afastamentos que foi alvo, o prefeito também sofreu extinção de mandato por não se desincompatibilizar do comando da Casa Domingos, empresa da família dele, antes de assumir o município. O republicano recorreu até o Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta corte do país, para rever a decisão. Não obteve êxito.
Esse não é o único processo de Murilo no TJ, onde também poderá a responder mais uma denúncia. Dessa vez, por fraude em licitação para supostamente beneficiar a empresa fantasma João Só. A acusação partiu do Ministério Público Estadual (MPE) em 2009 e ainda não se transformou em processo. Murilo não retornou as ligações de A Gazeta para comentar o assunto. Desde que foi afastado, ele vem evitando contato com a imprensa e se diz vítima de perseguição de adversários.